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Bom Gourmet

Brasileiro conta sua experiência no melhor restaurante da Rússia

Sérgio Ricardo Wahrhaftig, sócio do Bobardí e do WikiMaki, em Curitiba
02/07/2018 10:00
Vista do premiado restaurante White Rabbit, em Moscou. Foto: Arquivo pessoal.
Vista do premiado restaurante White Rabbit, em Moscou. Foto: Arquivo pessoal.
Todos as atenções do mundo estão voltadas para a Rússia, país que sedia a Copa do Mundo 2018. Eu, como muitos brasileiros, vim para cá acompanhar os jogos da seleção brasileira. E, como trabalho com gastronomia  – sou um dos sócios dos restaurantes Bobardí e WikiMaki, em Curitiba – não poderia deixar de conhecer algumas receitas típicas do país.
O restaurateur curitibano Sérgio Ricardo Wahrhaftig acompanha a Seleção brasileira na Rússia. Foto: Arquivo pessoal.
O restaurateur curitibano Sérgio Ricardo Wahrhaftig acompanha a Seleção brasileira na Rússia. Foto: Arquivo pessoal.

White Rabbit

A experiência mais bacana que tive por enquanto foi no White Rabbit – considerado o melhor restaurante da Rússia e o 15º melhor do mundo segundo a lista The World’s 50 Best Restaurants. Localizado no 16º andar de um prédio no centro de Moscou, ele de cara já nos conquista pela vista que proporciona da cidade.
Restaurante White Rabbit, do chef Vladimir, é um dos melhores restaurantes do mundo. Foto: Arquivo pessoal.
Restaurante White Rabbit, do chef Vladimir, é um dos melhores restaurantes do mundo. Foto: Arquivo pessoal.
Comandado pelo chef Vladimir Mukhin, o restaurante apresenta o melhor da culinária russa com toques da gastronomia molecular e de acordo com as últimas tendências da cozinha contemporânea. Provei o bacalhau com creme de aspargos frescos, o polvo com mashed potatoes, o t-bone de cordeiro com molho de frutas vermelhas, além de uma degustação de caviar com panquecas e sour cream.
Polvo com mashed potatoes do White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Polvo com mashed potatoes do White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Rosbife de carne de cavalo do restaurante White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Rosbife de carne de cavalo do restaurante White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Já o rosbife de carne de cavalo foi escolhido pelo nome, por acharmos que seria algo bem diferente mesmo. A carne é boa, um pouco mais forte do que estamos acostumados, mas acredito que o tempero deu uma “disfarçada” no seu sabor peculiar e ela ficou com um paladar um pouco melhor, mais próximo ao que estamos habituados – no final, não nos surpreendeu muito.
T-bone de cordeiro com molho de frutas vermelhas. Foto: Arquivo pessoal.
T-bone de cordeiro com molho de frutas vermelhas. Foto: Arquivo pessoal.
O prato que mais me chamou a atenção foi a burrata com morangos selvagens. Achei a combinação do queijo com o azedinho do morango muito interessante e saborosa. Outra surpresa foi o steak tartare – consegui perceber a mostarda e o picles na receita, mas não identifiquei o que deu o gostinho diferente dos que são servidos no Brasil. A carne é sensacional, com uma textura muito gostosa. O caviar negro também deu um toque especial ao prato.
Burrata com morangos selvagens. Foto: Arquivo pessoal.
Burrata com morangos selvagens. Foto: Arquivo pessoal.
No White Rabbit, a conta para seis pessoas deu 26 mil rublos – aproximadamente R$ 250 por pessoa. Recomendo a visita para quem vier para Moscou. Acredito que, quando viajamos, precisamos estar abertos para conhecer novos sabores e vivenciar experiências diferentes.
Restaurante White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Restaurante White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Bacalhau com creme de aspargos frescos. Foto: Arquivo pessoal.
Bacalhau com creme de aspargos frescos. Foto: Arquivo pessoal.

Caviar, strogonoff e vodca

A Rússia é famosa pela diversidade de seus caviares e por ser uma das maiores produtoras mundiais desta iguaria. E eles são muito bons – cada um com textura e sabores únicos. Pena que as porções servidas são sempre pequenas.
Steak tartare com caviar do restaurante White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Steak tartare com caviar do restaurante White Rabbit. Foto: Arquivo pessoal.
Degustação de caviar com panquecas e sour cream. Foto: Arquivo pessoal.
Degustação de caviar com panquecas e sour cream. Foto: Arquivo pessoal.
Provei três ou quatros strogonoffs por aqui. Um deles (o da foto) achei bem semelhante ao que temos no Brasil. Os demais são bem diferentes, parecem mais um cozido ou picadinho de carne e têm o molho mais ralo, menos encorpado – mas também são bem saborosos. Até tentei descobrir se seriam de origens/regiões diferentes, mas não consegui a informação correta. Os acompanhamentos são os mesmos: picles de pepino e batata – aliás, praticamente tudo que comemos por aqui vem com esses acompanhamentos.
Strogonoff com picles e batatas cozidas. Foto: Arquivo pessoal.
Strogonoff com picles e batatas cozidas. Foto: Arquivo pessoal.
Também experimentei a tradicional sopa borsch, que leva beterraba e tomate. No restaurante em que estive, ela foi servida com bacon, alho e sour cream. É um prato peculiar e com sabor bastante marcante.
Sopa borsch de beterraba e tomate servida na Rússia. Foto: Arquivo pessoal.
Sopa borsch de beterraba e tomate servida na Rússia. Foto: Arquivo pessoal.
E é claro que, na Rússia, não poderíamos deixar de provar a vodca. A mais famosa daqui é a Beluga – são vários tipos diferentes, que variam de 400 a 30 mil rublos a dose (entre R$10 e R$1.000). Experimentei e gostei muito da Beluga Transatlantic Racing (R$25 a dose).
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