A segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná terminou na noite desta sexta-feira (30) e consagrou 65 produtos lácteos como exemplos de qualidade e excelência no estado. Entre os 515 queijos inscritos, 477 foram habilitados a concorrer, representando 108 produtores de 76 municípios paranaenses. No total, 15 queijos conquistaram medalha de ouro, 20 levaram a prata e 30 ficaram com o bronze. Além disso, entre os medalhistas de ouro, o júri selecionou dez produtos que foram condecorados com medalha super ouro. A premiação foi realizada no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, que sediou o evento desde quinta-feira (29).

O Parmesão Gold, da Frimesa Cooperativa Central, de Marechal Cândido Rondon, conquistou a maior nota entre todos os avaliados e foi eleito o melhor queijo da premiação deste ano, que também trouxe o Concurso Excelência em Muçarela – Edição Pizza, que selecionou os cinco destaques nessa categoria.

Palmeira, nos Campos Gerais, foi o município com o maior número de medalhas super ouro: três no total, sendo duas delas de ouro para produtos da Cooperativa Witmarsum. Marechal Cândido Rondon, com dois medalhistas, além de Cantagalo, Chopinzinho, Diamante D’Oeste, Palotina e Ivaiporã, também tiveram representantes na seleta lista dos super ouro.

A avaliação do Prêmio Queijos do Paraná contou com um júri técnico composto por 81 especialistas, que analisaram os produtos segundo critérios sensoriais e técnicos pré-estabelecidos. Cada queijo recebeu notas de 0 a 20 pontos: aqueles que alcançaram entre 18 e 20 pontos receberam medalha de ouro; entre 16 e 17,9 pontos, medalha de prata; e entre 14 e 15,9 pontos, medalha de bronze.

Os 15 queijos medalhistas de ouro passaram por uma rodada adicional de avaliação para a escolha dos dez super ouro. Nesta etapa, cada produto foi defendido por um jurado especialista e degustado novamente durante a cerimônia de premiação, com as notas exibidas publicamente. O Parmesão Gold foi o vencedor dessa fase final.

Os produtores premiados poderão utilizar o selo do Prêmio Queijos do Paraná em suas embalagens, agregando maior valor ao produto. Todos os concorrentes receberam relatórios técnicos detalhados com pontos fortes e sugestões de melhorias.

Pela primeira vez, o evento foi realizado ao longo de dois dias, ampliando sua programação com minicursos e palestras gratuitas para produtores, profissionais do setor e o público consumidor. A chef Manu Buffara e o chef Rui Morshel participaram com palestras sobre gastronomia paranaense.

Além disso, foram oferecidos cursos práticos com receitas como strudel com queijo colonial, croquete de cracóvia com queijos locais e harmonizações com cervejas, vinhos e cafés especiais. Outras aulas abordaram, por exemplo, o preparo de pizza, fonduta de queijo com cubinhos de frango e aligot de queijo com cordeiro, promovendo o conhecimento sobre usos culinários dos queijos paranaenses.

Com o Prêmio Queijos do Paraná, o estado está consolidando um novo capítulo na valorização da cultura queijeira brasileira, celebrando sua própria identidade em um setor onde já se destaca globalmente. Segundo maior produtor de leite do país, com cerca de 4,4 bilhões de litros por ano, o Paraná vem transformando volume em qualidade e referência. A iniciativa se soma a outras importantes do setor, como o Prêmio Queijo Brasil — maior premiação nacional — e o World Cheese Awards, o "Oscar" dos queijos mundiais.

No ano passado, o Paraná teve 129 queijos premiados no Prêmio Queijo Brasil, conquistando a segunda colocação em número de prêmios do concurso, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Também em 2024, o Passionata, queijo maturado com infusão de maracujá e sementes na casca, produzido no Biopark em Toledo, Oeste do Paraná, alcançou o nono lugar geral e foi reconhecido como o melhor da América Latina.