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Aprenda a preparar falafel, o petisco árabe de grão-de-bico
Se a culinária dos países do Oriente Médio tivesse alguma semelhança com os costumes brasileiros, seria possível dizer que o falafel é o equivalente à coxinha ou à porção de torresmos dos botecos tupiniquins. Esses bolinhos fazem parte da comida de rua de países como o Líbano e a Síria.

Feito de grão-de-bico, fava seca descascada e muitas especiarias, o falafel é consumido em pequenas porções junto às refeições, fazendo par com a esfiha, o quibe, o tabule e o baba ghanoush. A chef Vaneska Berçani, do restaurante Velho Oriente, de Curitiba, explica que o falafel tem um sabor leve, que é realçado pelo conjunto de temperos.
“A pasta crua de grão-de-bico com a fava ganha o sabor que conhecemos por conta das especiarias como a pimenta preta, a pimenta-síria e a noz-moscada, entre tantas outras, junto do molho taratour – feito com tahine (pasta de gergelim) e suco de limão. É parte de uma refeição típica que se come com as mãos, mas também pode ser consumido como um sanduíche no pão sírio, com legumes frescos ou em conserva”, conta a chef que aprendeu a fazer os quitutes há 18 anos, quando entrou como sócia no restaurante.
Com o passar dos anos, o falafel se tornou popular principalmente entre os vegetarianos e os veganos como uma alternativa à carne vermelha nas comidas de rua e nos petiscos de bares. Aliás, a chef conta que é na mesa do bar que está a melhor combinação do falafel ao gosto dos brasileiros. “O mais tradicional seria acompanhar o falafel com o arak, o destilado típico árabe [feito de tâmaras, damascos ou uvas e aromatizado com anis]. Mas ele também vai bem com uma cerveja gelada e até mesmo um vinho branco”, opina Vaneska Berçani.
Apesar de ser um prato fácil de fazer, os dois principais ingredientes do falafel devem começar a ser preparados um dia antes.
Confira o passo a passo para fazer bolinhos de falafel
1. Em tigelas separadas, coloque o grão-de-bico cru e a fava seca de molho na geladeira de um dia para o outro. Isso fará os ingredientes dobrarem de tamanho.

2. Escorra totalmente a água e reserve.

3. Despeje o grão-de-bico, a fava e os temperos em uma tigela e misture bem.

4. Processe a mistura no processador em duas ou mais etapas, dependendo do tamanho do aparelho.

5. Molde a massa com duas colheres ou faça bolinhas com as mãos, e reserve.

6. Para fazer o taratour, misture a tahine com o suco do limão e adicione a água aos poucos, até a pasta ficar com uma consistência cremosa.

7. Adicione o alho e o sal e bata com um fouet até a mistura ficar homogênea.

8. Em uma panela grande, aqueça o óleo de soja em fogo médio por quatro a cinco minutos e coloque os bolinhos. Eles devem fritar até ficarem dourados e crocantes.

9. Escorra o óleo dos bolinhos em um papel absorvente e monte no prato com os acompanhamentos de sua preferência, como legumes frescos e em conserva (berinjela frita, repolho roxo, pepino em conserva, tomate e cebola picados), e cubra com o molho taratour. Se desejar, enrole tudo no pão árabe como um sanduíche.

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