Bom Gourmet
Com sabor e praticidade, drink na lata Xeque Mate se estabelece como bebida do Carnaval
No Carnaval de rua, tudo o que os foliões querem para curtir a festa é beber com praticidade e garantir energia para participar de todos os blocos em que planejaram estar. Com o estalar de uma latinha sendo aberta, a bebida mineira Xeque Mate conquistou o público por isso e pelo sabor. Assim, tem se consolidado a cada ano como o drink carnavalesco em diversas cidades, especialmente São Paulo e Belo Horizonte (MG).
Composta por mate, rum, guaraná e limão, a bebida nasceu com um propósito simples em 2015, de acordo com Gabriel Rochael, sócio da Xeque Mate, em conjunto com Alex Freire: foi criada para ser consumida. “O sucesso se dá por um trabalho muito coeso: bebida de qualidade, design impecável, marketing absurdo, equipe incrível, é o conjunto da obra. Não é só por causa do Carnaval, que é um impulso maravilhoso, mas o trabalho é o ano inteiro”, explica Gabriel.
O crescimento vertiginoso é demonstrado pela comparação dos números de produção para o Carnaval deste ano em relação ao do ano passado. Na festa de 2023, foram produzidas 600 mil latas de Xeque Mate. Para 2024, saltou para 5 milhões de latas. O faturamento previsto é de mais de R$ 20 milhões. Um grande vetor de vendas são os ambulantes, que pela presença constante na rua, não deixam os foliões ficarem desabastecidos da latinha. O foco, de acordo com Gabriel, é expandir e fortalecer a marca pelo Brasil.
O sucesso nas ruas se reflete nas redes sociais, nas quais circulam memes sobre o amor pela bebida, pedidos de ovo de Páscoa da Xeque Mate e até fotos de um sorvete com esse sabor. Gabriel considera gratificantes as manifestações e acredita ser espelho do amor colocado no projeto. “O belo-horizontino tem algo de querer apresentar o Xeque Mate a todo mundo que chega na cidade. Nosso sonho é que, do mesmo modo que representamos BH para o Brasil com o Xeque Mate, a gente consiga representar o Brasil para e exterior com ele”, espera.
Natural desde o início
Criativos, empreendedores e apaixonados por arte e cultura, os engenheiros Gabriel e Alex tinham o costume de organizar pequenas festas na cidade natal, Belo Horizonte. Para complementar a renda, também trabalhavam fazendo drinks em casamentos e eventos. Durante um deles, Gabriel, que sempre foi fã da mistura de chá mate, guaraná e limão no copo, sugeriu fazer um drink com esses elementos. Somou o rum à conta por considerar que a combinação precisava de um destilado diferente.
No dia seguinte ao que foi servido ao público esse primeiro Xeque Mate, os dois já estavam sobre planilhas para transformar a ideia em empresa. Registraram a marca, Alex vendeu um carro para investirem como capital inicial, e começaram a trabalhar em casa e mais tarde na cervejaria de um amigo. Antes da lata, que sempre foi o objetivo, a bebida era envasada em garrafinhas.
Adeptos da pesquisa e do aprendizado prático, os sócios estudaram, visitaram indústrias e trabalharam junto a laboratórios para chegar a um produto equilibrado e saboroso. Passaram a produzir o próprio rum, que além de ser ingrediente do Xeque Mate, dá nome à rede de bares Mascate Runeria, com três unidades em Belo Horizonte.
A escolha minuciosa dos insumos é uma característica da marca. Desde o mate — que é produzido no Paraná, tipo exportação, sem sementes ou gravetos —, passando pelo rum com fórmula própria conservado em um blend específico de madeiras, até o guaraná em extrato e o suco concentrado de limão, todos os ingredientes foram escolhidos a dedo pela qualidade. Na lata, nada de ácido cítrico e aromas artificiais, comuns em drinks enlatados, para garantir a natureza que forma a harmonia de sabores.
Xeque Mate na terra do mate
No momento, a marca não conta com ponto de venda fixo no Paraná, mas isso não é impeditivo para os sedentos consumidores. No site da marca, além de conferir um mapa com todos os pontos de venda espalhados pelo Brasil, é possível pedir a bebida e receber em casa. Além disso, alguns bares e festas comercializam o drink em períodos específicos.
O The Black Bird Pub, no Alto da XV em Curitiba, é um deles. O sócio-proprietário do estabelecimento, Marlus Hernandez, conheceu a bebida em uma viagem a Belo Horizonte, teve a ideia de trazê-la para a capital paranaense e, assim, se tornou um dos primeiros bares a disponibilizá-la por aqui. “A recepção foi sempre positiva, a maioria dos consumidores procuravam o nosso bar por já serem fãs da bebida”, relata. Apesar da ausência de distribuição fixa dificultar a presença permanente da lata verde, o desejo é manter a regularidade da bebida na carta do local.