Entre os dias 19 e 22 de novembro aconteceu 3ª edição do Mondial de La Bière no Rio de Janeiro. O evento, também realizado no Canadá e França, teve como casa o Pier Mauá, lugar de desembarque de cruzeiros com vista privilegiada do mar e da Ponte Rio-Niterói. Cerca de 500 cervejarias participaram com 800 rótulos — uma variedade grande que pode deixar qualquer apreciador bastante perdido.

O destaque foi a presença das marcas e cervejas do Rio de Janeiro, que dominaram a maioria dos stands. Ano após ano, o Mondial se tornar mais carioca. No entanto, como a maioria tem distribuição apenas local, muitas dessas cervejarias dificilmente chegarão no Paraná. Mas são boas pedidas para quem visita o estado. Se for o seu caso, procure pela 3 Cariocas, Hocus Pocus, Three Monkeys, Antuerpia, Nói, Beertoon, Trópica, Jeoffrey e Penedon.

Eventos assim são também uma ótima oportunidade de conversar com os cervejeiros e provar grande variedade de cervejas diferentes. A organização foi muito feliz ao evitar muitos dos principais problemas de grandes eventos de cerveja: havia pontos com água gratuita (algo essencial para combater o calor e a intoxicação), muitos locais de venda de fichas e boa acessibilidade para chegar e sair. No entanto, não escapou de polêmicas entre os expositores a respeito do preço dos stands e comissão das vendas.

Com lotação total em quase todos os dias, o Mondial também está se consolidando como uma importante vitrine para o meio cervejeiro. Há um bom número de lançamentos e cervejas exclusivas que só se pode provar por lá. Isso para não falar do MBeer Contest Brazil, concurso realizado entres os expositores que premia as melhores cervejas da edição. A medalha de platina dessa vez ficou com a cervejaria gaúcha Tupiniquim, com a Monjolo BA Wiskey, uma Imperial Porter matura em barris de Whisky.

Outras cervejarias apostam em receitas com ingredientes criativos, como a Wassabiru, American Pale Ale com adição de wasabi feita pela cervejaria Japas. Já a carioca Motim levou a Canudos OAK, uma Saison com a levedura selvagem Brettanomyces que foi maturada em barris de Vinho do Porto. E o pessoal da 2 Cabeças relançou a Caramba!, uma Saison com carambola e leve acidez.

Em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, fizemos um beer tour na fábrica do Grupo Petrópolis, que faz parte da Rota Cervejeira do Rio. A unidade visitada é responsável pela linha de cervejas especiais do grupo, composta pelas marcas Petra, Black Princess e Weltenberg Kloster, da Alemanha. O passeio é guiado e o mestre cervejeiro explica como funciona o processo de produção das cervejas . No fiml é possível degustar as cervejas, com destaque ficou a Weltenberg Kloster Barock Dunkel, uma Munich Dunkel tipicamente alemã, com notas de caramelo no aroma e no sabor, um leve amargor, com final seco. O rótulo ganhou prêmios na World Beer Cup na categoria Munick Dunkel. O tour é aberto para quem estiver interessado mediante agendamento no site do grupo.

*Colaborou: Nadya Romanowski

Estilo: Munich Dunkel Embalagem: 500 ml Teor alcoólico: 5,3 % ABV Origem: Teresópolis (RJ)

Preço: entre R$16,90 a R$ 25,50

Estilo: Witbier Embalagem: 355 ml Teor alcoólico: 5,5 % ABV Origem: Rio de Janeiro (RJ)

Preço: ainda não divulgado

Estilo: American Pale Ale Embalagem: 355 ml Teor alcoólico: 4,5 % ABV Origem: Estados Unidos

Preço: entre R$ 18 e R$ 30

Estilo: India Pale Ale Embalagem: 310 ml Teor alcoólico: 7,3 % ABV Origem: São Paulo (SP)

Preço: entre R$ 19,90 e R$ 29,90

Estilo: Saison Embalagem: 500 ml Teor alcoólico: 6,5 % ABV Origem: Rio de Janeiro (RJ)

Preço: ainda não divulgado