A Rua São Francisco nos fala ao coração. Porque ficam ali o mais antigo restaurante em funcionamento na cidade, o São Francisco. O Nonna Giovanna e seu generoso filé à parmegiana. O Mikado e seu infalível bufê natural (vá às terças ou sábados, dias do peixe frito). A Confeitaria Blumenau dos doces à moda alemã – corra antes que acabem.

Mas também por tudo que houve, nos últimos meses, na sua primeira quadra, entre a Presidente Faria e a Riachuelo. Era dos pontos mais desolados e perigosos do Centro, e ganhou vida a partir da Praça de Bolso do Ciclista, construída por um grupo de cidadãos.

Num estalo, vieram os bares, cafés, restaurantes. Entre eles, brilha o Negrita, com cardápio de inspiração latina. Come-se muito bem ali. Das empanadas ou o sensacional “A lo pobre” aos calamares con salsa de limón ou a salada de bacalhau.

Só podia dar certo. Vide a clientela que se amontoa a papear nas calçadas e até na rua. Apesar de um outro excesso a ser aparado (o barulho que invade a madrugada e incomoda o sono da vizinhança é um deles), a nova São Francisco veio pra ficar. Ainda bem. Viva a rua da gente!

Onde:
Rua São Francisco, 50 –(41) 3030-6903

Atende:
De segunda a quinta, das 17 às 24h. Sexta, das 17/2h. Sábado, 13/2h. Domingo, das 13/24h.

R$ 8, o A lo pobre: batata em fatias, assada com cebola, pimentão e azeite de oliva, coberta com ovo frito e páprica doce.

Engana-se quem vê os agitos da Rua do Fogo como coisa de hipsters novidadeiros. Na quadra de cima, o Super Bom lota há anos. Em parte por conta da cerveja barata e, não menos importante, pelos pastéis de estufa. Há melhores na cidade? Certamente. Mas isso nunca nos impediu de aparecer ali para um pastel de carne.

Onde:
Rua São Francisco, 184, loja 4.

Atende:
Segunda a sexta, das 9h às 21h30. Não aceita cartão.

Em frente à Praça do Ciclista, a São Francisco abriga quiçá o único açougue Halal da cidade. Mas nem precisa ser muçulmano para aparecer no B’rimos e comer bem sem se sentir tungado. O carro-chefe é o shawarma, mas vale a pena checar o que o Tarek estiver aprontando. Na sua Síria natal, ele ganhou o Guinness de maior doce folhado do mundo. E ele mantém à vista o certificado da façanha.

Onde:
Av. Presidente Faria, 259, (41) 3045-3496.

Atende:
Segunda a sexta, das 8 às 20 horas; sábados, das 8 às 17h30