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Como é a ceia de natal dos chefs 5 estrelas do Prêmio Bom Gourmet 2025? Descubra

Beatriz Ponte
11/12/2025 09:19
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Crédito: Bigstok

O Natal é um momento de celebração em família, cada uma com o seu sabor especial. Na casa dos chefs 5 estrelas do Prêmio Bom Gourmet 2025 não seria diferente. Cada um tem seus rituais, tradições e escolhas que mostram como levam para casa o mesmo cuidado que aplicam nos restaurantes. Confira abaixo como cada um deles organiza a própria ceia. 

Danilo Takigawa 

O Natal do chef Danilo Takigawa combina tradição e repertório pessoal em uma mesa que tem como estrela o porco assado. Os acompanhamentos seguem outra linha, com conservas, gohan e saladas que remetem às raízes japonesas da família. Seu prato favorito é o leitão assado, por conta da crocância e pela carne marinada que cozinha lentamente. E se há algo que nunca falta, é a farofa. “Farofa é vida, da liga em tudo que tem na mesa”, afirma o chef. No Natal, ao contrário da rotina de trabalho, Danilo não costuma criar receitas, mas dedica atenção especial aos molhos, do caldo do próprio assado às salsas que trazem acidez ao prato. No fim, nada fica de fora do seu cardápio afetivo, nem mesmo o arroz com uva-passa, que ele garante ter seu lugar na ceia.

Felipe Miyake

Já para a família do chef Felipe Miyake, o Natal é mais sobre estarem reunidos do que seguir as tradições e, por isso, eles não seguem o clássico cardápio natalino. Ao longo do mês de dezembro, sua mãe e suas tias fazem pequenas reuniões para decidir o que vão preparar. Já ele e sua irmã ficam encarregados das sobremesas. A irmã sempre faz sua famosa torta holandesa que desaparece em minutos e o chef varia, e ainda está pensando no que levar para a ceia deste ano. Em sua casa, Felipe conta que o clima é leve, simples e sem formalidades. Cada um janta como estiver mais à vontade. “Pensando bem, dá até para dizer que essa é a nossa verdadeira tradição, facilitar a vida, estar junto e celebrar mais um Natal perto de quem a gente ama”, complementa. 

Lênin Palhano

Para o chef Lênin Palhano, o Natal é uma celebração construída a muitas mãos e com a simplicidade que marca sua origem no interior do Paraná. Cada membro da família assume um preparo e a mesa se forma de maneira coletiva, sem rituais, mas com muito afeto. Assados como cordeiro e porco têm presença garantida, sempre acompanhados do salpicão da tia, que ele considera indispensável. Arroz à grega e pratos tradicionais completam a cena, com espaço ocasional para alguma carne diferente, como javali ou caça. Para ele, o essencial está na reunião e no cuidado: “O grande ponto é cada um fazer uma coisa, compartilhar as receitas”, completa. 

Lucas Coelho 

Na casa do chef Lucas Coelho, a ceia começa antes mesmo do forno aquecer: nasce do gesto coletivo, da família reunida em volta da cozinha, cada um assumindo um pedaço do processo. Ele conduz o cardápio junto de sua mãe, com referências mediterrâneas como: cordeiro assado com ervas, porco com molho fresco de iogurte, limão-siciliano e hortelã, ou cuscuz marroquino hidratado no suco de laranja, que vem acompanhado de arroz com lentilha perfumada e salada cítrica. O assado é seu prato afetivo, símbolo de técnica, cuidado e ancestralidade. Cítricos são presença obrigatória, enquanto preparações pesadas ou feitas apenas “porque é tradição” ficam de fora. “Prato de Natal tem que ter intenção. Se for só uma repetição, perde o sentido”, afirma o chef.

Regis Shiguematsu

Na ceia do chef Regis Shiguematsu, o Natal ganha novos contornos com a presença marcante da culinária japonesa ao lado dos pratos tradicionais.  A ceia sempre inclui o sekihan, arroz mochigome cozido com feijão azuki que chega à mesa com leve tom avermelhado e significado de celebração. Também entram em cena os futomakis recheados conforme o gosto da família, o inarizushi feito com tofu frito e arroz temperado e a salada de harusame, leve e delicada. Sashimis e alguns sushis fecham o conjunto com frescor e afeto. “Não tenho uma receita favorita, mas pra mim essa composição de Ceia é a minha preferida”, conta Regis.