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Casos de intoxicação por metanol reforçam a necessidade de fornecedores de bebidas reconhecidos

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29/09/2025 11:52
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Crédito: Bigstock

O Estado de São Paulo confirmou duas mortes relacionadas a intoxicação por metanol no último sábado (27). O químico é usado na falsificação de bebidas alcoólicas, e os casos reforçam a necessidade de bares e restaurantes procurarem sempre fornecedores reconhecidos e confiáveis.
Preços baixos, lacres tortos, erros de impressão e odor semelhante a solventes são possíveis indícios de falsificação, afirma a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A recomendação da Abrasel e do Ministério da Justiça é que bares e restaurantes, diante de qualquer suspeita de falsificação, suspendam a venda da bebida e comuniquem as autoridades.
O metanol é uma substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação. É um tipo de álcool incolor e com cheiro similar ao das bebidas alcoólicas. Além dos dois casos confirmados de morte por intoxicação de metanol, o Estado de São Paulo investiga outras dez ocorrências similares.
Em nota, a associação expressou "profunda preocupação" em relação aos casos e ressaltou o problema como uma questão de saúde pública.

Como identificar a intoxicação por metanol

Segundo a Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia, entre 12 e 24 horas após o consumo de metanol, podem surgir sintomas como dor de cabeça, náusea, vômitos, dor abdominal, confusão mental e, principalmente, visão turva repentina ou até cegueira.
A entidade também alerta que a substância tem risco de provocar neuropatia óptica, uma doença grave que pode levar à perda de visão irreversível.
A intoxicação por metanol é uma emergência médica e deve ser tratada em hospitais.