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Exportação de café bate recorde de receita cambial em novembro
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou, nesta segunda-feira (12), o relatório de novembro. De acordo com o documento, a receita cambial referente às exportações do produto saltou 39,9% em relação a novembro de 2021, com um total de US$ 885,2 milhões, recorde histórico para novembro.
Os embarques nacionais do produto totalizaram 3,673 milhões de sacas de 60kg, volume 14,2% do que em 2021.
Para o presidente do Cecafé, Günter Häusler, o consumo global de café está aquecido e a busca dos grandes importadores pelos cafés do Brasil, são os principais responsáveis pelo bom desempenho do produto.
"A demanda se mantém e os grandes consumidores seguem buscando no maior produtor e exportador do mundo, a qualidade e a diversidade de nossos produtos, que respeitam os critérios socioambientais e vão ao encontro das exigências de sustentabilidade dos mercados internacionais, fazendo do Brasil um leal fornecedor", comenta.Günter Häusler, presidente do Cecafé
Parcial do ano
De janeiro ao fim de novembro deste ano, o Brasil exportou 36,057 milhões de sacas, com queda anual de 1,8%. A receita cambial, de US$ 8,504 bilhões, é recorde histórico para o intervalo, aumentou 55,1% em relação ao mesmo intervalo de 2021 e já supera, inclusive, os ingressos totais alcançados em todo o ano passado.
Em relação à receita recorde, Häusler explica que resulta do melhor nível das cotações observadas neste ano, apesar das quedas recentes ocorridas nos mercados internacionais, e a taxa de câmbio favorável.
"O preço médio da saca de café exportada pelo Brasil, em 2022, é de US$ 235,85, 58% acima do valor médio observado em 2021", completa.
Principais destinos
Os Estados Unidos encabeçam a lista dos maiores compradores do produto nacional, com a importação de 7,351 milhões de sacas, 3,3% a mair do que no mesmo intervalo de 2021 e que equivale a 20,4% do total.
A Alemanha, com a compra de 6,331 milhões de sacas, incrementou em 4,4% as vendas dos cafés do Brasil até novembro e tem representatividade de 17,6% no todo.
Na sequência, vêm Itália, com 3,110 milhões; Bélgica, com 2,760 milhões de sacas; e Japão, com a importação de 1,699 milhão de sacas.
Os embarques também evoluíram para os países do sexto ao 10º lugares nesse ranking. A Colômbia, sexta colocada, elevou em 52,5% as aquisições do produto, que somam 1,605 milhão de sacas, sendo seguida, respectivamente, por Espanha, Turquia, Holanda e Coreia do Sul.
Tipos de cafés
O café arábica segue como o mais exportado no acumulado deste ano, com a remessa de 31,189 milhões de sacas ao exterior, ou 86,5% do total. O café solúvel registrou o embarque equivalente a 3,392 milhões de sacas, respondendo por 9,4%.
Na sequência, aparecem a variedade canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 1,434 milhão de sacas (4%), e o produto torrado e torrado e moído, com 42.424 sacas (0,1%).
