Restaurantes tentam manter preços dos vinhos em estoque

Alguns restaurantes de Curitiba estão postergando o repasse do aumento dos impostos sobre bebidas alcoólicas ao consumidor. O estoque de vinhos disponível na adega do restaurante Alfredo’s Gallery, por exemplo, vai continuar sendo comercializado sem a tributação em vigor no Paraná desde o início de março. “Temos rótulos comprados antes da mudança no imposto disponíveis por mais ou menos 15 dias – resolvemos não aumentar os preços abruptamente”, explica o proprietário do restaurante, Celso Tauschek.

Já nos restaurantes do grupo Pier do Victor (Bar do Victor, Bistrô do Victor e Petiscaria do Victor), o aumento dos preços será repassado gradativamente para o consumidor em três etapas. “Neste primeiro mês, aumentamos 7%, mês que vem vamos aumentar mais 10% e o restante em maio, desta forma tentamos diminuir o impacto no curto prazo”, explica Francisco Urban, sócio do grupo.

Desde o dia 1º de março, bebidas como vinho, cachaça, vodca e outros destilados estão até 30% mais caros. Isso se deve a uma mudança forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que anteriormente era colhido em cada fase da comercialização (produção, distribuição, transporte e venda ao consumidor), e passa a ser cobrado apenas do fabricante.

Entre os rótulos disponíveis no Alfredo’s Gallery ainda com preço antigo e recomendados pelo sommelier da casa, Cesar Simbala, estão o italiano Sangiovese (R$ 90); o chileno Centauri Blend ,O. Fournier (R$ 130) e o Pinot Grigio, Bertani (R$ 68). Todos devem ficar 30% mais caros quando o estoque do restaurante se renovar.