Thumbnail

Bebidas

Prepare o chá perfeito

Flávia Schiochet
10/07/2014 06:00
Blend de chá preto com sepalika (flor do Sri Lanka), um dos<br>exclusivos da futura casa Caminho do Chá. Foto:  Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Blend de chá preto com sepalika (flor do Sri Lanka), um dos
exclusivos da futura casa Caminho do Chá. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
No mundo das canecas fumegantes, “chá” é uma palavra fácil de ser ouvida. Mas é bom cuidar com os termos: nem toda infusão é chá, apenas as feitas com as folhas da planta Camellia sinensis. Originária da Ásia, ela é largamente consumida em países mais frios e de altitude, entre eles a Inglaterra, a China e o Chile; o equivalente ao costume do brasileiro de tomar café. A “confusão” entre chá e infusão é feita porque no Brasil outras infusões são mais populares – é o caso do mate na região Sul – e muitas delas são recomendadas como forma de cuidar da saúde. “Isso vem dos nossos ancestrais, que sempre tomavam infusões de ervas e flores como um remédio. Quando os europeus chegaram aqui, viram que não tinha a planta e começaram a fazer infusões também”, explica a tea sommelier da Moncloa Tea Boutique, Thalita Ferronato.
São quatro os tipos de chás mais difundidos no mundo: o branco, o verde, o azul (oolong) e o preto. “Com a infusão pelo tempo certo e com a água na temperatura correta, o chá não fica amargo”, ensina Daniele Lieuthier, chef pâtissière que viajou por oito países em nove meses para aprender mais sobre a milenar Camellia sinensis. Durante a pesquisa, Daniele manteve o blog Caminho do Chá e em agosto abre uma casa do ramo em Curitiba, com blends exclusivos garimpados por ela.
Thalita faz parte do El Club del Té, uma organização argentina que tem associados no mundo inteiro. Até o fim do ano, o plano é fazer mais degustações e palestras sobre a bebida, para difundir a cultura do chá em Curitiba e no Brasil. Daniele também acredita na “educação do chá”. “Antes de fazer um blend (mistura de sabores) você tem que conhecer o chá. Mas o blend é uma forma de conquistar as pessoas e fazê-las se interessar por um chá puro. E o paladar não volta atrás”, garante.

Temperatura

Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Cronometre a infusão para garantir que o chá fique bom, sem amargor. Para controlar a temperatura da água sem um termômetro, desligue o fogo quando apontarem as primeiras bolinhas de fervura para os chás até 90 graus C, como o preto. Para a temperatura do chá branco, desligue neste ponto e deixe esfriar por alguns minutos.
◉ Chá branco, feito com o broto das folhas. Infusão de 3 a 5 minutos a 70 graus C.
◉ Chá verde, folhas secas e enroladas. Infusão de até 3 minutos a 80 graus C.
◉ Chá azul (oolong), folhas secas parcialmente oxidadas e enroladas. Infusão de 4 a 6 minutos a 90 graus C.
◉ Chá preto, folhas secas e oxidadas. Infusão de até 5 minutos a 90 graus C.

Participe

Qual prato da culinária japonesa você quer aprender a preparar com o Bom Gourmet?

NewsLetter

Seleção semanal do melhor do Bom Gourmet na sua caixa de e-mail