Os melhores vinhos brasileiros da safra de 2018 foram aprovadas por 120 enólogos, que degustaram às cegas as 344 amostras inscritas por 49 vinícolas. Representantes de nove estados brasileiros (Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo), além do Distrito Federal, e de outros seis países (Canadá, Chile, Inglaterra, Itália, Reino Unido e Uruguai) estavam no auditório da 26ª Avaliação Nacional de Vinhos para escolher os melhores rótulos do ano.

Entre os vinhos que se destacaram há rótulos produzidos com uvas francesas como Merlot e Chardonnay e italianas como Moscato Giallo. Entre as vinícolas premiadas estão algumas entre as mais representativas do país como Aurora, Miolo e Salton.

O evento se repete há 26 anos com objetivo de destacar os melhores vinhos do ano. “Estamos falando de uma safra histórica, uma safra que está entre as três melhores da história do Brasil. O tempo colaborou, a tecnologia nas vinícolas ajudou e a maturidade de nossos enólogos transformou a uva em vinho de altíssima qualidade”, brindou o presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE) – entidade promotora, enólogo Edegar Scortegagna.

Pela primeira vez na história da Avaliação Nacional de Vinhos, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) – entidade máxima do mundo vitivinícola com sede em Paris -, esteve presente no evento com sua presidência. A brasileira Regina Vanderlinde, que assumiu a instituição no início de julho, integrou o painel de comentaristas.

Desde 1993, a ABE homenageia figuras que dedicam seu tempo, conhecimento e talento para a promoção e valorização do vinho brasileiro. Neste ano, a entidade entregou o Troféu Vitis Amigo do Vinho Brasileiro 2018 para o empresário do turismo Tarcísio Vasco Michelon, diretor superintendente da Rede de Hotéis Dall’Onder. Michelon também foi presidente da Fenavinho por três edições, tem forte relação com o desenvolvimento do enoturismo na Serra Gaúcha. O Troféu Vitis Destaque Enológico 2018 foi entregue ao enólogo Antônio Salvador, diretor da Vinícola Salvattore. Um dos fundadores da Associação Brasileira de Enologia, Salvattore começou sua trajetória de enólogo na década de 1970, prestou assessoria para cerca de 40 vinícolas, viveu 47 safras e hoje dirige sua própria vinícola com a família.

1. Domno do Brasil (Garibald – RS)

2. Vinícola Geisse (Pinto Bandeira – RS)

3. Vinícola Galvão Bueno (Candiota – RS)

4. RIESLING RENANO:  Vinícola Almadén (Santana do Livramento – RS)

5. CHARDONNAY:  Cooperativa Vinícola Aurora (Bento Gonçalves – RS)

6. CHARDONNAY: Cooperativa Vinícola Garibaldi (Garibaldi – RS)

7. SAUVIGNON BLANC:  Vinícola Família Lemos de Almeida (Muitos Capões – RS)

8. MOSCATO GIALLO:  Hortência Vinhos e Espumantes (Flores da Cunha – RS)

9. CABERNET FRANC : Vinícola Salton (Bento Gonçalves – RS)

10. MERLOT: Vinícola Don Guerino (Alto Feliz – RS)

11. MERLOT:  Rasip Alimentos (Vacaria – RS)

12. CABERNET FRANC:  Estabelecimento Vinícola Valmarino (Pinto Bandeira – RS)

13. CABERNET SAUVIGNON: Vinícola Almaúnica (Bento Gonçalves – RS)

14. CABERNET SAUVIGNON:  Vinícola Miolo (Bento Gonçalves – RS)

15. TANNAT:  Família Bebber Vinícola (Flores da Cunha – RS)

16. TANNAT: Casa Valduga Vinhos Finos (Bento Gonçalves – RS)

A Avaliação Nacional de Vinhos segue um regulamento formal e tem a finalidade de promover o vinho brasileiro e divulgar práticas da degustação e apreciação dos vinhos, sendo o único do gênero em todo o mundo. A cada amostra de vinhos apresentada,os participantes registram em uma ficha individual suas sensações visuais, olfativas e gustativas, podendo, em seguida, compará-las com a média dos 16 degustadores convidados.