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Bebidas

Degustação às cegas: Riesling

por Guilherme Rodrigues - guilhermer@gazetadopovo.com.br
11/04/2013 03:17
Pergunte aos grandes conhecedores de vinhos em todo mundo qual é uma de suas preferências. Ouvirá com freqüência: um Riesling. Contudo, ao menos no Brasil, o público não mostra o mesmo entusiasmo na hora de comprar. Uma pena, privam-se de brancos muito categorizados, que combinam lindamente com os mais variados pratos, como carnes de porco, pato, embutidos, queijos, fondues, terrines e charcuterie em geral, frutas e sobremesas leves (no caso dos Rieslings doces). Sem falar nos frutos do mar, onde é especial com os crustáceos e peixes. Caem lindamente com a culinária oriental.
Originária do vale do Reno e afluentes, na Alemanha, é casta célebre há séculos. Hoje em dia, encontra-se difundida em todas as regiões do planeta. Dá vinhos nobres, refrescantes, perfumados, com uma base rica, untuosa, que lembra mel e faz contraponto com a vivaz acidez. Perfumados, sem exageros, complexos, bons de guarda, profundos e com mineralidade, tem ainda a vantagem de possuírem, na maior das vezes, excelente relação custo benefício.
Testamos para os leitores, às cegas, 11 Rieslings de diversas procedências, dentre os melhores rótulos disponíveis em Curitiba, até R$ 150 . Apresentamos os 6 campeões. Temperatura de serviço ideal em torno de 10ºC. A prova ocorreu no restaurante Swadisht, com o serviço perfeito do grande sommelier Antônio Mendes. Após a prova, o chef Ravichandra Shinde serviu deliciosos e inspirados pratos da culinária do norte da Índia.
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Almaviva, black tie nos 15 anos
O grande tinto Almaviva dispensa apresentações. Para comemorar sua 15.ª safra (2010), os proprietários e o enólogo vieram a São Paulo no mês de março. Persidiram uma degustação vertical única, para uns poucos críticos de vinhos. Traje black tie para a prova e para o banquete posteriormente servido, no Hotel Unique, arquitetura de Rui Ohtake. Presentes os dois filhos da Baronessa Rothschild, donos do Mou­ton Rothschild e de 50% do Almaviva – Philippe e Julien . Também Rafael Guilisasti, da Concha y Toro, dona do restante 50% da vinícola. O chileno aportou o terroir, o melhor vinhedo possível, em Puente Alto, Maipo. O francês trouxe a adega e a filosofia dos grandes châteaux. O corte é bordalês, com a Cabernet Sauvignon (75%), Carmenere (20%) e Cabernet Franc (5%). Variações coforme cada safra e uma vez ou outra uma pitada de Mer­lot ou Petit Verdot. Os vinhos foram apresentados pelo enólogo Michel Friou. A seguir, compartilho com os leitores minhas notas de prova desta singular experiência, em torno deste grande e emblemático tinto.

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