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Bebidas

Degustação apresenta 200 rótulos de vinhos portugueses em Curitiba

Andrea Torrente
05/04/2016 18:03
Evento em Curitiba apresentou cerca de 200 rótulos de vinhos portugueses de Douro e Porto para enófilos e especialistas do setor. Foto: Divulgação
Evento em Curitiba apresentou cerca de 200 rótulos de vinhos portugueses de Douro e Porto para enófilos e especialistas do setor. Foto: Divulgação
Cerca de 200 rótulos de vinhos de Portugal, produzidos na região do Douro, no norte do país, foram apresentado em Curitiba em uma degustação aberta ao público. O evento foi realizado no hotel Pestana na tarde desta segunda –feira (4) e contou também com duas palestras conduzidas pelo crítico de vinhos Alexandra Lalas.
O Brasil é o terceiro mercado para os vinhos portugueses e os produzidos no Douro, que inclui também os vinhos do Porto, representam 22% do total. “É uma região de Portugal pequena, mas importante. Em 2015, o Brasil importou vinhos do Porto por um total de U$ 3,4 milhões e vinhos do Douro por U$ 6 milhões”, explica Carlos Soares, do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).
Entres os rótulos de destaque disponíveis no mercado curitibano estão o Quinta de Touriga Chã 2010 (R$ 480, preço sugerido), Pintas 2013 (R$ 942), Ramos Pinto 2011 (R$ 160) e os vinhos do Porto 2013, safra que chegou ao mercado este ano. “Nos últimos 10 anos, o consumo de vinhos do Douro triplicou, enquanto o de vinhos do Porto reduziu, também porque em cima dele os impostos são mais altos”, diz Soares.
Uma das novidades deste ano é o Chorinho, da Lavradores de Feitoria, um Douro doc 2013 elaborado em homenagem à famosa cantora portuguesa de chorinho Roberta Sá. Outro rótulo que acaba de chegar ao mercado é o Porto Dow’s Nirvana (R$ 140), vinho do Porto pensado para harmonizar com chocolates com cacau acima de 70%. A Vale da Veiga também esteve pela primeira vez em Curitiba e apresentou o Colheita (R$ 120) e o Reserva (R$ 140).
Empresários preocupados
O aumento de ICMS sobre os vinhos importados no Paraná, que nas últimas semanas causou protestos entre os empresários de Curitiba, é motivo de preocupação para todo o setor. “O que vemos pela frente é um ano difícil. Estamos preocupados porque o governo coloca taxas em cima de taxas”, diz Wagner Presotto, da Adega Alentejana.
Para enfrentar a redução nas vendas, as lojas especializadas estão adotando uma série de estratégias. O que se viu é que cresceu o consumo de vinhos mais baratos, na faixa de R$ 60 a 70 e diminuiu a de rótulos mais caros, acima de R$ 150. “Já diminuímos as margens de lucro, continuamos participando de eventos e campanhas como essa e trabalhamos com vinhos com custo-benefício melhor”, explica Cristina Stumm, da Presenza.
Além de influenciar os empresários, a crise está mudando também o comportamento dos consumidores. “O cliente não deixa de tomar vinho, mas busca comprar em outros lugares, como São Paulo e Santa Catarina ou até na tríplice fronteira. Já trazer a cota de três caixas por pessoas compensa a viagem até lá”, explica o aposentado Luiz Trentin, que é um apaixonado por vinhos.