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Degustação apresenta 200 rótulos de vinhos portugueses em Curitiba
Cerca de 200 rótulos de vinhos de Portugal, produzidos na região do Douro, no norte do país, foram apresentado em Curitiba em uma degustação aberta ao público. O evento foi realizado no hotel Pestana na tarde desta segunda –feira (4) e contou também com duas palestras conduzidas pelo crítico de vinhos Alexandra Lalas.
O Brasil é o terceiro mercado para os vinhos portugueses e os produzidos no Douro, que inclui também os vinhos do Porto, representam 22% do total. “É uma região de Portugal pequena, mas importante. Em 2015, o Brasil importou vinhos do Porto por um total de U$ 3,4 milhões e vinhos do Douro por U$ 6 milhões”, explica Carlos Soares, do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).
Entres os rótulos de destaque disponíveis no mercado curitibano estão o Quinta de Touriga Chã 2010 (R$ 480, preço sugerido), Pintas 2013 (R$ 942), Ramos Pinto 2011 (R$ 160) e os vinhos do Porto 2013, safra que chegou ao mercado este ano. “Nos últimos 10 anos, o consumo de vinhos do Douro triplicou, enquanto o de vinhos do Porto reduziu, também porque em cima dele os impostos são mais altos”, diz Soares.
Uma das novidades deste ano é o Chorinho, da Lavradores de Feitoria, um Douro doc 2013 elaborado em homenagem à famosa cantora portuguesa de chorinho Roberta Sá. Outro rótulo que acaba de chegar ao mercado é o Porto Dow’s Nirvana (R$ 140), vinho do Porto pensado para harmonizar com chocolates com cacau acima de 70%. A Vale da Veiga também esteve pela primeira vez em Curitiba e apresentou o Colheita (R$ 120) e o Reserva (R$ 140).
Empresários preocupados
O aumento de ICMS sobre os vinhos importados no Paraná, que nas últimas semanas causou protestos entre os empresários de Curitiba, é motivo de preocupação para todo o setor. “O que vemos pela frente é um ano difícil. Estamos preocupados porque o governo coloca taxas em cima de taxas”, diz Wagner Presotto, da Adega Alentejana.
Para enfrentar a redução nas vendas, as lojas especializadas estão adotando uma série de estratégias. O que se viu é que cresceu o consumo de vinhos mais baratos, na faixa de R$ 60 a 70 e diminuiu a de rótulos mais caros, acima de R$ 150. “Já diminuímos as margens de lucro, continuamos participando de eventos e campanhas como essa e trabalhamos com vinhos com custo-benefício melhor”, explica Cristina Stumm, da Presenza.
Além de influenciar os empresários, a crise está mudando também o comportamento dos consumidores. “O cliente não deixa de tomar vinho, mas busca comprar em outros lugares, como São Paulo e Santa Catarina ou até na tríplice fronteira. Já trazer a cota de três caixas por pessoas compensa a viagem até lá”, explica o aposentado Luiz Trentin, que é um apaixonado por vinhos.