Canudinho comestível e biodegradável é alternativa para evitar o plástico

Os canudinhos de plástico têm, em média, apenas dez minutos de vida útil antes de serem jogados no lixo. O fato pode passar batido para quem está apreciando um coquetel ou suco, mas não para a natureza: o objeto, feito geralmente de poliestireno ou polipropileno, demora centenas de anos para se decompor, e estima-se que seja responsável por milhares de mortes de espécies marinhas todos os anos. Para tentar auxiliar na mudança deste cenário, um grupo de espanhóis criou a Sorbos, startup responsável pela produção de canudinhos biodegradáveis e que podem ser consumidos após o uso.

O principal desafio da startup foi o de criar um produto que não se desfizesse nas bebidas, e, ao mesmo tempo, que não deixasse gosto algum. O resultado foi alcançado após pesquisas de mais de um ano que envolveram a Universidade de Barcelona e uma empresa de tecnologia italiana. Os canudos são feitos com água, açúcar, gelatina bovina e amido de milho e permanecem firmes por cerca de uma hora em bebidas geladas. A marca ainda está trabalhando em uma versão vegana, que deve ser disponibilizada nos próximos meses.

Os canudinhos comestíveis, que tem 24 calorias cada, estão disponíveis em seis sabores: lima, morango, limão, canela, maçã-verde e gengibre, além da opção sem sabor. A Sorbos também permite a personalização de aromas e desenhos sobre os canudos por empresas, promovendo uma experiência diferenciada com os consumidores.

A empresa está ampliando seu mercado para vários países da Europa, mas ainda não tem operações no Brasil. Porém, também há várias opções sustentáveis por aqui para quem deseja cortar o canudinho de plástico do cotidiano. Bares e restaurantes de Curitiba – como o Cosmos G/astrobar, Veg e Lev, Veg Veg e Coletivo Alimentar –, por exemplo, estão comprometidos com o uso de canudos biodegradáveis de papel e o canudo lavável de inox.