Você merece uma comfort beer: 3 cervejas que não podem faltar na sua geladeira

Eu lembro de uma das primeiras cervejas artesanais que realmente me impressionou. Era uma La Trappe Quadrupel, feita por monges trapistas da Holanda, e foi degustada em um bar de Curitiba durante uma entrevista. Não era a primeira da noite, nem foi a última, mas me fez quase “cair da cadeira” quando a rolha foi aberta e todo aquele aroma frutado e maltado deu o “teaser” do que deveria ser esperado no sabor. Foi fantástico! Até hoje, quando bebo essa cerveja volto dez anos no tempo para aquele mesmo local e me sinto de certa forma com o ânimo revigorado para continuar escrevendo sobre cervejas.

É assim que opera o comfort food. O nome é moderno, mas o conceito é bem antigo. Trata-se principalmente daqueles pratos, alimentos e quitutes que remetem a lembranças nostálgicas ou a recordações de infância. Esse tipo de comida tem o poder de nos transportar para o passado, trazendo memórias e sentimentos à tona, além de uma incrível sensação de bem-estar.

Mas por que isso raramente é aplicado à bebida? Aposto que você já sentiu aquela vontade irresistível daquele achocolatado de manhã cedo só porque lembrava o café da manhã da infância. Então, parece ser aplicável, não é?

O fato de bebidas alcoólicas não estarem ligadas à infância sem dúvida é um fator relevante, mas não é proibitivo. Afinal, nem toda a lembrança e nostalgia está relacionada a um passado tão remoto. Além disso, comfort food também se aplica a alimentos que realmente causam conforto físico, assim como os de conveniência (porque é fácil obter) e até indulgência (o famoso “eu mereço”).

Então, aproveitando que o inverno está chegando, gostaria de enfatizar a ideia de comfort beer. Qual é a cerveja que você relaciona com uma boa lembrança? Ou aquela aquecedora e preenchedora, ideal para os dias frios? Ou ainda a que você sempre tem na geladeira ou que você compra e bebe raramente, apenas após um dia difícil ou após ter conseguido uma grande vitória?

Minha lista pode ser complementada com a aquecedora Schneider Weisse TAP 6 Unser Aventinus, uma Weizenbock de 8,6% de álcool, adocicada e muito aromática, lembrando banana-passa e cravo. Outra, que por muito tempo me acompanhou no dia-a-dia, foi a Way Beer American Pale Ale, super fácil de beber, com amargor moderado e corpo leve. Por fim, quando digo “porque hoje eu mereço” escolho algo especial como a Founders KBS.