Bebidas
Cervejaria cria rótulo com cupuaçu em parceria com Escola de Cerveja
Uma turma de 35 alunos e três professores criaram o novo rótulo produzido pela cervejaria Schornstein. A Catharina Sour leva cupuaçu em sua receita e chega ao mercado nas próximas semanas. A cerveja será vendida em lata (473 ml) e o valor sugerido é R$ 23. Um terço do lucro das vendas rótulo subsidiará as bolsas de estudo do curso de engenharia de produção cervejeira.
O rótulo é resultado do desenvolvimento de receitas pelos alunos do curso de mestre cervejeiro da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), de Blumenau (SC) com a produção da cervejaria Schornstein, de Pomerode (SC). A parceria começou em novembro e a Catharina Sour é a segunda cerveja criada pelos alunos do curso mestre-cervejeiro. A primeira foi a Session IPA, lançada em janeiro.
Características da Catharina Sour
Ao fim do semestre os alunos inscrevem suas receitas em um concurso interno na ESCM. No primeiro semestre de 2018 o desafio era o uso de frutas brasileiras. “Tinham receitas com amora, goiaba e outras frutas. A de cupuaçu foi a que teve o melhor desempenho na análise sensorial”, explicou Carlo Bressiani, diretor da escola. A análise sensorial é realizada por um grupo de seis especialistas, incluindo Bressiani.
Dentre as características da Catharina Sour, acidez acentuada, sabor frutado do cupuaçu. “É uma cerveja refrescante, corpo leve. Uma cerveja com pegada de verão”, descreveu Bressiani. O amargor é baixo (4 IBUS, a unidade de amargor) e tem 4% de teor alcoólico. No portifólio da Schornstein, os rótulos são mais “tradicionais”, como IPA, APA, bock, weiss, pilsen natural, pilsen cristal, stout e witbier.
Sobre a Escola Superior de Cerveja e Malte
Sediada em Blumenau, a ESCM abriu em 2015 e tem parceria com a alemã Doemens Academy. São 90 cursos, dos de curta duração até as formações técnicas — o de mestre-cervejeiro é de um ano — e superiores, como o de engenharia de produção cervejeira, de cinco anos. Em três anos, a escola formou mais de 6 mil alunos.