Café com gostinho brasileiro

A Nespresso – pertencente à Nestlé – vai lançar no dia 18 de fevereiro uma nova cápsula, com foco no perfil do consumidor brasileiro, para completar a linha permanente de grands crus da marca. O Linizio integrará a família dos cafés lungos e entra no lugar do Finezzo.

O diretor da Nespresso na América Latina, Stefan Nilsson, explica que a substituição deve ser aos poucos. Segundo ele, a família dos lungos é composta por mais duas opções: o Vivalto e o Fortissio. “Percebemos que o Finezzo e o Vivalto têm características muitos próximas, por isso queríamos que as pessoas tivessem mais variedades”, diz. O último lançamento mundial da empresa na linha permanente foi em 2009.

O nome da opção, Linizio, deriva da palavra italiana inizio (início, em tradução livre). “A tradição brasileira é tomar café da manhã com um pingado (café com leite). Pensamos em um blend para o início do dia. Por isso o nome e a cor da cápsula (laranja quente) rementem ao amanhecer,” afirma o diretor.

O novo produto ainda tem grãos brasileiros. Ele mistura três tipos de café: os bourbons amarelo e vermelho, produzido em Minas Gerais, e o colombiano arábica. O blend tem intensidade 4 (em uma escala que vai até 10) e é indicado para xícara de 110 ml. Quando puro, tem notas de cereais e malte, mas ao adicionar leite, ganha notas de caramelo, naturalmente mais adocicado.

A cápsula do Linizio Lungo estará disponível para venda nas lojas, por telefone ou pelo site, a R$ 17 a embalagem com 10 cápsulas.

Nilsson conversou com o Bom Gourmet na nova boutique da marca no ParkShoppingBarigüi, em Curitiba, que começou a funcionar em dezembro. A unidade na capital paranaense é a 12.ª no país e a primeira no sul do Brasil.

Nós temos uma equipe de sommelier de café que viaja o mundo para conhecer os melhores grãos. Nós vemos a qualidade e também a quantidade, se há estoque disponível para a produção em escala mundial. Depois disso, o café vai para a Suíça onde tem uma equipe especializada em fazer os blends.

É muito alta, mas os cafés com maior qualidade ainda não têm muito volume. Os colombianos, por exemplo, têm um café que não é tão bom quanto o brasileiro, porém o marketing deles é melhor.

Ela é bem-vinda. O café porcionado não é uma tradição no Brasil. Nós estamos por aqui há seis anos e o crescimento foi rápido. O brasileiro toma em média quatro xícaras de café por dia, mas o coado. O mercado tem muito para crescer e há espaço para todos.