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Bebidas

Brancos joviais e refrescantes

Guilherme Rodrigues - guilhermer@gazetadopovo.com.br
10/01/2013 02:28
Os vinhos brancos italianos estão cada vez melhores e mais atraentes. Quem diria, há cerca de 10 ou 20 anos, eram fonte de constante desapontamento. Contudo, a evolução da enologia, cuidados dos produtores, e cadeia de transporte e armazenagem evoluíram muito, razão pela qual o grande potencial da Itália para brancos deliciosos, joviais, interessantes e, sobretudo, sem judiar do bolso, emergiu lindamente. São perfeitos para refrescar o corpo e o espírito nos meses do verão.
A diversidade é imensa. Desde uma grande variedade de castas autóctones e peculiares, algumas com origem na Grécia antiga e Pérsia, até uma quantidade enorme de terroirs dos mais variados. Desde as encostas frias dos Alpes, até o escaldante sul da Itália e Sicília. Sem falar nas míticas regiões costeiras ao entorno da bota, junto ao azul Mar Mediterrâneo. Também as províncias interiores. São muitos tipos de solos, climas e microclimas.
Se é que é possível extrair dessa grande diversidade um denominador comum, é a jovialidade. Não são vinhos pesados, nem carregados de madeira, nem xaroposos; muito pelo contrário. São leves e suaves ao paladar, mas com boa intensidade, foco, frescor e frutado maduro. Perfumados, mas na medida certa, sem exagero, elevam os sentidos sem pesar. Um estilo de vinho refrescante, estimulante e que não cansa; cada vez mais conquistam os consumidores e vão se afirmando como referência universal.
Testamos 16 dos melhores rótulos disponíveis no mercado para os leitores, abaixo de R$ 100. Selecionamos os nove campeões. A prova foi às cegas, sem que os provadores soubessem que rótulo era.
Provenientes das mais diversas regiões e castas, dão um belo panorama geral. Notar uma certa predominância, entre os melhores, dos Pinot Grigios e Vermentinos, elaborados com as castas homônimas. O primeiro nasce predominantemente nas regiões junto aos Alpes, os segundos, em regiões mais costeiras, na Sardenha, Ligúria e cercanias. Vem despontando cada vez mais em todo o mundo. Pinot Grigios mais suaves e aveludados, os Vermentinos mais elétricos e firmes.
São vinhos para servir em torno dos 8 a 9 graus C, máximo 10 graus C. Embora, bem guardados, resistam bem a alguns anos de garrafa, não são para envelhecer. Quanto mais jovens, melhores. Também não necessitam de muita aeração prévia. Abrir e servir.
A prova foi realizada no frequentadíssimo restaurante Scavollo e contou com o serviço profissional e atento de Carlos Roberto Gomes. Após, o chef Emerson de Oliveira serviu um delicioso file mignon ao conchiglione e queijo, e um perfumado fettucine à bolonhesa.

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