Bebidas
Bartender de Curitiba apresenta drink de erva-mate no Campeonato Mundial
O bartender Rogério Rabbit, do Armazém Santo Antonio, em Curitiba, levou a erva-mate do Paraná para a Europa onde representará o Brasil no Campeonato Mundial de Coquetelaria, na Dinamarca. Antes de disputar a final, o santista, radicado na capital paranaense, participará de vários workshops na Inglaterra, Alemanha, Suécia, Finlândia, Noruega, Islândia e França.
Rabbit apresentará Guaira-Kaá, seu coquetel de influência indígena feito com gin, vinho Sauvignon Blanc, curaçau, infusão de folhas verdes kaá (mate) com capim-limão e limão siciliano. Ele vai apresentar seu drink na categoria aperitivos.
Esta é a quinta vez que Rabbit disputa a competição que vai eleger o melhor bartender do mundo. A final do 66º World Cocktail Competition deste ano é realizada de 15 a 19 de outubro.
Campeonato Mundial de Coquetelaria
Rabbit viajou à Europa com dois quilos de folhas de erva-mate paranaense na bagagem. “O modo do preparo do coquetel só será revelado durante a apresentação, por um método inédito. O drink sofreu modificações em razão de ser aperitivo, com menos açúcar e que serve para limpar o paladar”, explica o bartender.
Nessa nova versão do Guaíra-Kaá, o coquetel é composto por Akvavit, uma aguardente de batata típica das regiões nórdicas, licor de laranja, capim-limão, limão siciliano, bitter de zimbro e folhas de erva-mate. “Aqui na Europa o consumo de açúcar está cada vez mais reduzido, muito diferente do gosto do brasileiro, que aprecia bebias açucaradas”, afirma Rabbit.
Pesquisa
Há três anos quando deixou sua cidade natal de Santos, no litoral paulista e chegou a Curitiba, Rabbit diz ter descoberto a erva-mate em novas versões. “A partir da região Sudeste o mate é conhecido e consumido como chá gelado, na forma tostada. E aqui no Sul, o grande polo de produção com o Paraná no topo, as folhas são vendidas em amplo mercado na versão para preparos de chimarrão e tereré. Isso despertou minha curiosidade e hoje me aprofundo na verdadeira origem da erva-mate, cultivada pelos índios e chamada de Kaá. E os meus drinks buscam valorizar o produto e seu contexto histórico e cultural”, explica o bartender.
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