Bebidas
A arte japonesa de fazer e servir chá
De mansinho, os chás especiais chegaram ao Brasil. Enquanto aromas e sabores delicados conquistam paladares curiosos, há algo mais além da água quente servida sobre as folhas de Camellia sinensis: a cerimônia do chá. Para conhecer mais sobre este ritual japonês, praticado há séculos no país oriental, a jornalista Erika Kobayashi, 39, especializou-se em chás e pesquisa sobre a cultura japonesa desde 2005.
Há 12 anos, realiza práticas zen budistas e, há cinco, é aluna do Centro de Chado Urasenke do Brasil (uma das três escolas da arte do caminho do chá, como é conhecida a cerimônia), em São Paulo. Autora do blog Cerimônia do Chá, onde compartilha conhecimentos e dicas sobre o assunto, Erika também atua como artista performer: em Curitiba realizou a cerimônia durante a inauguração da exposição “Olhar Incomum: Japão revisitado”, no Museu Oscar Niemeyer.
A paulistana, que já trabalhou como consultora da Twinnings no Brasil, deu aula sobre o ritual japonês no Estúdio Bom Gourmet, no Pátio Batel. Para ela, a arte do caminho do chá inspira um olhar mais poético ao cotidiano. “Tento transmitir para a minha vida todos os valores que a cerimônia ensina e procuro despertar nas pessoas uma sensibilidade ao viver esta bebida como experiência”, diz Erika.
O que é a cerimônia do chá?
Tradicionalmente japonesa, a cerimônia do chá é considerada uma arte do caminho, um aprendizado focado no processo de evolução espiritual, filosófica e artística. Ela é baseada em quatro valores: harmonia, respeito, pureza e tranquilidade. A cerimônia consiste em fazer um bom chá para uma pessoa especial. Em cada ritual, todos os itens são escolhidos cuidadosamente, da decoração à louça, para que o anfitrião transmita seu sentimento pelo convidado. Cada cerimônia é única e acontece quase como uma meditação.
Tradicionalmente japonesa, a cerimônia do chá é considerada uma arte do caminho, um aprendizado focado no processo de evolução espiritual, filosófica e artística. Ela é baseada em quatro valores: harmonia, respeito, pureza e tranquilidade. A cerimônia consiste em fazer um bom chá para uma pessoa especial. Em cada ritual, todos os itens são escolhidos cuidadosamente, da decoração à louça, para que o anfitrião transmita seu sentimento pelo convidado. Cada cerimônia é única e acontece quase como uma meditação.
Por que a bebida é tão especial?
O chá proporciona experiências em diversos aspectos. É afetivo ao permitir encontros entre as pessoas e é sensorial ao envolver todos os sentidos do corpo. Além disso, ele possibilita a interação com outras culturas. Quando bebemos um chá japonês, chinês, indiano ou tailandês, por exemplo, nos conectamos com as tradições de cada país.
O chá proporciona experiências em diversos aspectos. É afetivo ao permitir encontros entre as pessoas e é sensorial ao envolver todos os sentidos do corpo. Além disso, ele possibilita a interação com outras culturas. Quando bebemos um chá japonês, chinês, indiano ou tailandês, por exemplo, nos conectamos com as tradições de cada país.
Quais são os itens básicos para preparar chá?
São quatro: uma tigela de boca larga com mais ou menos 12 cm de diâmetro, ¼ de xícara de água quente (a 70 graus C), uma colher rasa de matcha (chá verde japonês) peneirado e um chasen (batedor de bambu). Como a maioria das pessoas não tem o batedor, é possível substituí-lo por um minimixer, mas nesse caso a dica é preparar o chá em um copo alto, para não espirrar.
Deve-se bater o matcha misturado à água quente por aproximadamente 20 segundos ou até obter uma espuma aerada e cremosa.
São quatro: uma tigela de boca larga com mais ou menos 12 cm de diâmetro, ¼ de xícara de água quente (a 70 graus C), uma colher rasa de matcha (chá verde japonês) peneirado e um chasen (batedor de bambu). Como a maioria das pessoas não tem o batedor, é possível substituí-lo por um minimixer, mas nesse caso a dica é preparar o chá em um copo alto, para não espirrar.
Deve-se bater o matcha misturado à água quente por aproximadamente 20 segundos ou até obter uma espuma aerada e cremosa.
Qual o erro mais comum durante o processo?
Não prestar atenção no modo de preparo indicado pelo fabricante, que costuma mostrar na embalagem as quantidades certas de água e chá, assim como o tempo de infusão. Muitas pessoas deixam o chá em infusão por mais tempo do que o recomendado, o que torna a bebida amarga. A qualidade da água também tem um papel importante neste processo – deve ser sempre mineral.
Não prestar atenção no modo de preparo indicado pelo fabricante, que costuma mostrar na embalagem as quantidades certas de água e chá, assim como o tempo de infusão. Muitas pessoas deixam o chá em infusão por mais tempo do que o recomendado, o que torna a bebida amarga. A qualidade da água também tem um papel importante neste processo – deve ser sempre mineral.