Bom Gourmet

Bares de São Paulo tiveram redução de 27% no faturamento após crise do metanol, diz estudo

Gabriel Faria
18/10/2025 09:52
Thumbnail

Crédito: Bigstock

Um estudo realizado pela Associação Paulista de Bares, Restaurantes, Eventos, Casas Noturnas Similares e Afins (Apressa), em parceria com marca de cartões Zig, trouxe à tona os impactos da crise do metanol para os estabelecimentos paulistanos.
Segundo os dados divulgados, o saldo da crise foi uma redução de 27% no faturamento dos estabelecimentos. O movimento teve queda de 36% no horário da tarde; 19% durante o happy hour; 28% no horário de pico; e 35% durante a madrugada. O público total teve queda de 15% e ticket médio foi de R$ 136 para R$ 118, registrando queda de 13%.
Os destilados foram o grupo de bebidas mais impactado: o gin apresentou uma redução de 77% nas vendas; a vodka, 75%; a cachaça, 71%; e o whiskey, 58%. Em contrapartida, outros tipos de bebidas registram alta: espumantes, com 58%; vinhos, com 36%; coquetéis prontos para beber (garrafa ou lata), com 29%; e cervejas, com 7%.
A cerveja segue sendo a principal escolha dos clientes, mas passou de 47% a 68% do faturamento total das casas. O gin, que antes representava 16% das vendas, passou para 5%. Como consequência na queda de vendas dos destilados, produtos usados na elaboração de drinks também registraram redução. Os energéticos, por exemplo, tiveram queda de 34%.
Os resultados do estudo foram divulgados no perfil de Instagram da Apressa.

Queda nas vendas em Curitiba

Para Cristiana Brenner, proprietária do Officina Restô Bar, os impactos da crise do metanol foram grandes. Segundo a empresária, a casa registrou uma queda de 80% na venda de destilados, acompanhada de uma redução de cerca de 50% no movimento.
"O nosso forte é a coquetelaria. O pessoal vem para tomar drinks com destilados. Com crise, nosso movimento caiu horrores, e o que mais sai agora são vinhos e cervejas. Antes, oferecíamos vinho apenas de segunda a quarta-feira, mas agora estamos vendendo todos os dias", explica.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) no começo da semana passada, Curitiba registrava uma queda de 30% nas vendas de destilados. A cidade ainda não tem dados atualizados sobre os impactos da crise.