Bom Gourmet
Alimentos da estação: segredo para receitas mais saudáveis e saborosas
Precisamos falar sobre a sazonalidade dos alimentos. Você leu muito sobre a importância da alimentação para a saúde e agora decidiu focar em uma dieta equilibrada, com receitas caseiras ricas em nutrientes e antioxidantes. Vai à feira e, lá, se surpreende com a variedade de frutas, verduras e legumes de todos os tipos. É inverno. Época de ponkan, aipim, kiwi e espinafre...
Isso está claro porque há mais oferta desses alimentos e os preços estão mais em conta que nos outros meses do ano. Mas, em vez deles, por força do hábito ou do gosto, você coloca no carrinho banana, manga, abobrinha e batata doce. Talvez sem se dar conta de que em outras estações eles seriam melhores para a saúde e que o valor do quilo está mais alto porque não é sua época natural de colheita.
Muita gente já passou por essa experiência ou segue fazendo isso no dia a dia sem saber o quanto a sazonalidade dos alimentos importa para uma rotina alimentar saudável de verdade. Escolher alimentos in natura é um excelente primeiro passo, mas priorizar aqueles colhidos na estação certa é um bônus e tanto.
“Isso garante uma maior concentração de nutrientes e compostos bioativos. Além disso, alimentos sazonais geralmente exigem menos intervenções químicas, como agrotóxicos, e menos armazenamento e transporte, o que pode reduzir a perda de nutrientes e a contaminação por pesticidas”, explica Rebeca Elbert, nutricionista do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Erasto Gaertner.
Na prática, quanto mais variedade, melhor. Isso ocorre naturalmente quando se priorizam os alimentos das estações.
Ou seja: por mais que as maçãs sejam ricas em quercetinas e outros elementos anti-inflamatórios, seu tempo natural de colheita não é julho e elas não têm os mesmos níveis de vitamina C e antioxidantes presentes nas laranjas e tangerinas, abundantes no inverno do Sul do Brasil. O segredo, segundo Rebeca, é manter a fruteira e a geladeira o mais coloridas possível, sempre de olho na sazonalidade.
“A alimentação desempenha um papel crucial na prevenção de doenças crônicas, como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade. Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, antioxidantes, fibras e fitoquímicos, ajuda a fortalecer o sistema imunológico, reduzir a inflamação e combater o estresse oxidativo no organismo”, reforça a nutricionista.
Uma boa dica para colocar em prática o conceito é familiarizar-se com os alimentos mais populares da estação: o Ceasa Curitiba tem uma tabela online com o calendário de sazonalidade dos alimentos comercializados na capital paranaense. Clique aqui para conferir.
Além da sazonalidade dos alimentos, a regionalidade também importa
Certo, mas essa história de alimentos da estação é a mesma em todos os cantos do Brasil? É de se pensar que as frutas e vegetais de um país de dimensões continentais sejam diferentes em suas cinco principais regiões.
Por isso, focar na regionalidade dos alimentos é dar um passo além na jornada da alimentação saudável.
O Norte, por exemplo, tem como base de muitos pratos o açaí, o cupuaçu e a castanha-do-Pará, também conhecida como castanha-do-Brasil; o Nordeste é sinônimo de coco fresco e mandioca (a raiz faz parte até do café da manhã em muitas cidades) e o Centro-Oeste tem o pequi e a castanha de baru como símbolos de ingredientes regionais.
No Sudeste, o café, a laranja e a uva são protagonistas; já no Sul, brilham a erva-mate, o pinhão e o feijão.
"Cada região aproveita os ingredientes locais, adaptando técnicas de preparo e receitas tradicionais, resultando em uma dieta rica em nutrientes e compostos bioativos. Hoje, entendemos que isso é importante na prevenção e no tratamento de doenças crônicas, incluindo o câncer", diz a nutricionista.
As tradições e a cultura alimentar do Brasil se formaram a partir dessa variedade de alimentos. Receitas que nasceram em família ao longo dos últimos séculos acabaram moldando a identidade de cada região: tornaram-se heranças de paladar do povo brasileiro.
Você no Prêmio Bom Gourmet 2024!
Todo mundo tem uma receita que é sua assinatura. Aquela que, de tantas vezes feita, pode ser preparada de olhos fechados; que toda a família sabe que ninguém faz igual. Risoto de pinhão, torta de banana, farofa de cenoura.
Seja qual for o prato que te dá orgulho de preparar, ele agora pode levar você ao palco do Prêmio Bom Gourmet 2024.
Gerações que Previnem: Suas Receitas, por Erasto Gaertner é um concurso realizado pelo Bom Gourmet em parceria com o Hospital Erasto Gaertner. Para participar, basta nos enviar uma receita sua que, além de saborosa, também ajude a promover saúde.
Do lado de cá, compartilharemos dicas de como unir esses dois conceitos - apostar na sazonalidade dos alimentos e na sua regionalidade, por exemplo, são algumas delas. Fácil, né?
Entre as receitas inscritas até o dia 28 de julho, a equipe do Bom Gourmet selecionará cinco que serão testadas e avaliadas por um júri técnico. Se a sua receita for eleita a melhor, prepare-se para subir ao palco da maior premiação gastronômica do Sul do Brasil no dia 26 de agosto!
O Prêmio Bom Gourmet 2024 é apresentado pela Gold Food Service, patrocinado pela Tramontina, Porto a Porto e Romanha e tem apoio de Grafin e Ceratti. A fase Especialidades do Prêmio Bom Gourmet 2024 é oferecida pela Gaslog, também patrocinadora do Prêmio.
Sobre o Erasto Gaertner
Localizado na cidade de Curitiba, foi inaugurado em dezembro de 1972. É um centro de excelência em diagnóstico, tratamento, prevenção, ensino e pesquisa na área da Oncologia, atualmente é o maior Cancer Center do Paraná, referência no Sul do Brasil.
É pioneiro no desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas para o combate ao câncer e atualmente configura-se como o principal centro de transplante de medula óssea do estado.
Possui grande e moderno parque tecnológico, sendo o primeiro da região a implantar um Programa de Cirurgia Robótica e a oferecer este procedimento a pacientes do Sistema Único de Saúde.
Também é o primeiro centro do Sul do país homologado para realizar a terapia Car-T Cell. Atende anualmente mais de 70 mil pacientes e realiza mais de 2 milhões de procedimentos. Ao todo, tem 212 leitos, incluindo UTIs e 25 exclusivos para transplante de medula óssea.