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Bom Gourmet

10 pratos ‘importados’ que não existem no país de origem

Flávia Schiochet
07/04/2015 01:24
Corra os olhos no cardápio de sobremesas de um restaurante na França e você não vai achar o “petit gâteau” com sorvete tão fácil. Se quiser provar algo similar à sobremesa brasileira, peça o coulant au chocolat, o doce original que inspirou o bolinho de recheio mole. Pão francês também será difícil. Cappuccino com chocolate na Itália então, nem pensar. Estas são apenas algumas das adaptações que nós fizemos de pratos típicos de outros países.
Uma das paixões dos brasileiros é criar sabores que passam muito longe do original (que o diga um italiano em uma pizzaria brasileira) e acrescentar queijo e frutas. Conheça outros pratos que levam nomes estrangeiros que não correspondem ao preparo original:

1. Sushi

No Japão sushi é salgado, feito de legumes, peixes e frutos do mar e não passa nem perto de uma fritadeira. O Hot Philadelphia, portanto, é coisa nossa. Assim como o cream cheese, as caldas e os sushis doces, feitos com frutas e chocolate.

2. Tabule e quibe

A culinária árabe tem sabores únicos e com esta salada não é diferente. No Brasil estamos acostumados a uma proporção bem diferente da libanesa: o tabule original leva tanta salsinha que é difícil enxergar o trigo e o tomate no prato. Para o onipresente quibe, o catupiry é a marca das lanchonetes brasileiras. No Oriente Médio, os recheios comuns são carne ou nozes.

3. Iogurte grego

Na Grécia ele não leva baunilha, nem açúcar. É um creme azedo e muito consistente, que fica com a marca da colher quando você passa. Por lá, é vendido em embalagens de 300 gramas a um quilo e é usado para fazer pratos doces ou salgados.

4. Cappuccino

Na Itália, peça um cappuccino se quiser um café com leite vaporizado. Com chocolate em pó ou canela, assolutamente no!

5. Pizza

Na Itália ninguém divide pizza. Ela chega inteira na mesa para você comer sozinho. Se você pedir uma pizza peperoni, não terá nenhuma rodela de salame e sim pimentões. Também é invenção do brasileiro as pizzas de frango com catupiry, palmito e milho; mas na terra de Dante é normal pizzas de salsicha e de batata fritas.

6. Soda italiana

O nome engana. A invenção é norte-americana e leva “italiana” como adjetivo porque o xarope de frutas mais usado na época era de uma marca do país da bota. O mais próximo dessa bebida gaseificada na Itália é água tônica com limão.

7. Petit gâteau

Petit gâteau significa “pequeno bolo” em francês e foi inspirado no prato coulant au chocolat do chef francês Michel Bras, inventado na década de 1980. Bras queria uma sobremesa que encantasse o público e fosse uma releitura de sua memória dos bolos de chocolate úmidos que costumam comer no inverno europeu. No Brasil, além do bolinho ser feito de chocolate, há adaptações que levam doce de leite.

8. Paletas recheadas

Estes picolés gigantes são populares no México, onde são feitos com purê e pedaços de frutas. O que o Brasil acrescentou foram os recheios de doce de leite, chocolate e leite condensado e sabores como creme de morango, paçoca e Romeu e Julieta.

9. Pão francês e croissant

A panificação francesa habita o imaginário brasileiro com suas baguetes, brioches e outras delícias quentinhas. Rendeu homenagem: o nosso pão francês pode não ser igual ao que inspirou os padeiros brasileiros no início do século 19, mas de certa maneira lembra uma pequena baguete. O croissant brasileiro também é uma adaptação: tem formato similar ao original, mas a massa é semifolhada e dificilmente é comido sem recheio. Na França, o costume é comê-lo puro. No máximo, com manteiga e geleias.

10. Pão-de-ló português

Se aqui o pão-de-ló é a base firme e macia para um bolo recheado, lá em Portugal ele geralmente é preparado com mais ovos e menos farinha. O resultado é um bolo cremoso, com o miolo mais úmido. Dá até para comer de colher. O tempo de forno é de cerca de dez minutos a uma temperatura média de 200 graus C.

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