Seis bartenders, seis trajetórias distintas e um ponto em comum: a paixão por criar experiências. Com diversidade de histórias, estilos e referências, eles compõem o elenco do The Next Bartender definido na última semana.

Depois da fase de seleção, que teve a participação de 12 bartenders pré-selecionados, os candidatos agora têm uma nova missão: criar drinks autorais que vão compor a Carta The Next Bartender. Cada um deles deverá elaborar duas receitas: uma alcoólica e outra não alcoólica. Ao fim dessa etapa, serão definidos os grandes finalistas. 

Mas, enquanto esse momento não chega, que tal conhecer um pouco mais dos competidores? Confira abaixo o perfil de cada um. 

Natural de Blumenau (SC), Guilherme sempre buscou referências diversas no universo da coquetelaria, tendo como inspiração Marco de Lá Rocha, Thays Paiva, Daniel Munari e Gabriel Bueno (este, um dos mentores do The Next Bartender) e tem como objetivo pessoal a valorização da coquetelaria em sua cidade natal. Com 24 anos de idade, tem cinco anos de experiência na área, com passagem pelos bares Zamami Island, Don Pub, Basilic, Hortus Gastrobar e Negrita Bar. 

Atualmente, trabalha como bartender no Royalty Café. Além disso, outros dois destaques da sua formação de bartender foi a mentoria com Thays Paiva e também a participação do reality Shaking the Bar. Quando vai a um bar, costuma pedir Dirty Martini (gim, vermute seco e salmoura de azeitona), mas, segundo ele, a escolha pode mudar conforme o clima do momento. 

Atuando no ramo desde 2021, Mayara, de 26 anos, teve seu primeiro contato com a coquetelaria quando trabalhou no 360 Nar, no qual aprendeu desde o básico com seus colegas e descobriu ali sua paixão pela profissão. Depois disso, teve passagem pelo Chinchu Bar y Parrilla e, atualmente, está como bartender no Ginger Bar. Na coquetelaria, tem como principais inspirações sua ex-chefe de bar, Tati Guimas, e Stephanie Marinkovic, duas profissionais que Mayara se refere como “talentos natos”. 

Quando está do outro lado do balcão, enquanto cliente, Mayara sempre pede um drink autoral da casa para ter novas experiências. A vontade por novidades, inclusive, foi uma das suas maiores motivações para se inscrever no The Next Bartender. 

Sua principal inspiração na coquetelaria é o Mestre Derivan e seu livro Ultimate Bartender Book, que foi a primeira referência para buscar conhecimento da área. Com 26 anos e bartender desde 2017, tem no currículo passagem pelo Oide, lemí, Icaro Greek Food, Paco Cocina, Cosmos Gastrobar e, atualmente, trabalha como head bartender no Portal Kirin. 

Sua criação mais ousada foi um coquetel chamado Catatau, baseado na escrita romancista de Paulo Leminski e, ainda na área cultural, gosta de ouvir Canserbero, rapper venezuelano que Nathan considera transmitir coragem e autenticidade nas letras. No bar, Nathan está sempre aberto a novas experiências e gosta de explorar menus autorais, mas é entusiasta de um bom Manhattan (whisky, vermute e bitter). 

Raulo, como prefere ser chamado, tem 23 anos, é natural de Cuba e vive no Brasil há nove meses. Grande entusiasta da cultura de sua terra natal, mantém viva a conexão com suas raízes, especialmente por meio da música tradicional cubana, que escuta com frequência. Com três anos de experiência na coquetelaria, possui o Bartending Certificate pela International Bartenders Association (IBA). Atualmente, integra a equipe do Ponto Gin.

É inspirado por Jeff Berry, mixologista e historiador da cultura Tiko (movimento estético e cultural criado nos Estados Unidos, inspirado em referências da Polinésia, Melanésia, Micronésia e outras culturas da Oceania, com destaque para a havaiana), outra referência para Raulo. Quando vai ao bar, prefere beber um Manhattan (whisky, vermute e bitter). 

A ideia de que um drink pode carregar uma memória afetiva, identidade e emoção é o que inspira Campese, de 28 anos, no dia a dia da profissão de bartender. Para ele, o coquetel vai além do que está no copo, e sim, é o conjunto de toda a experiência. 

Com quatro anos de experiência no setor, possui formações em cursos da Diageo, Campari Academy e Senac e passagem profissional pelo Garden Hambargueria, The Oak e Grutta 1894, no qual participou da criação de seu primeiro menu. Atualmente, Campese é bartender do Céu Bar. 

Na hora de escolher um drink, prefere os que levam Jägermeister (destilado composto de 56 ervas, frutas, raízes e temperos, produzido na Alemanha desde 1935) ou Amaretto (licor originário da Itália, feito da infusão básica de damascos e caroços de drupas).

Mais experiente entre os selecionados do The Next Bartender, Vicenzo tem 32 anos e atua no ramo há 11, além de ter formações de bartender, coquetéis sem álcool, mixologias e de consultoria de bares. Em sua trajetória, tem passagem pelo Myloka Bar, Olaria do Parque e no Ros Coffee and Cocktails, em que trabalha atualmente.

Tem como inspiração Jaci L, referência na coquetelaria e, quando vai a um bar, sua escolha é sempre o Negroni (gin, vermute e Campari). Para ele, o coquetel é um termômetro da qualidade da casa, já que, apesar de simples, é fácil de errar.