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Restaurantes

Seis restaurantes em São José dos Pinhais que você precisa conhecer

Talita Boros Voitch
31/10/2017 16:00
São José dos Pinhais fica a menos de 15 km do Centro de Curitiba. É a cidade do Aeroporto Afonso Pena e também aquela que está no caminho para quem vai para o litoral de Santa Catarina. Município com vocação industrial, São José concentra grandes indústrias como a montadora Renault e O Boticário, mas poucos curitibanos conhecem as opções gastronômicas que a cidade oferece aos moradores, trabalhadores e turistas.
O diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), Luciano Bartolomeu, afirma que a cidade vizinha viveu um boom de restaurantes nos últimos anos.A cidade é muito atraente e está crescendo. Cada novo restaurante tem uma particularidade. Há também os tradicionais. As pessoas estão circulando nos restaurantes de São José dos Pinhais e isso é muito positivo”, diz.
Pensando em quem ainda não conhece as opções gastronômicas na cidade, o Bom Gourmet preparou um roteiro com seis restaurantes de São José dos Pinhais que merecem a sua ida à região metropolitana da capital. Alguns mais conhecidos, outros novos. Confira:

Armazém do Barão

Hambúrguer do Barão (R$ 25) é feito com 150 g de hambúrguer de costela e leva maionese da casa e geleia de bacon, receita autoral do chef Toti Freitas. (Fptp: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Hambúrguer do Barão (R$ 25) é feito com 150 g de hambúrguer de costela e leva maionese da casa e geleia de bacon, receita autoral do chef Toti Freitas. (Fptp: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
A proposta inicial do Armazém do Barão era funcionar como um empório, com a venda de produtos nacionais e importados, mas logo os proprietários Luis Scarpin e Ana Vingra perceberam que deveriam ampliar a atuação. Assim surgiu o restaurante com serviço à la carte somente para o jantar. Há pouco mais de um mês, a casa passou também a servir almoço, demanda natural da cidade que possui um grande polo industrial.
O salão é pequeno – serve 46 pessoas sentadas – e o cardápio é enxuto. Algumas criações cozinha merecem destaque como a geleia de bacon que acompanha o Hambúrguer do Barão (R$ 25) com sabor agridoce. A receita é do chef Toti Freitas e é feita com redução de vinho tinto junto com cebola triturada e açúcar para caramelizar o bacon. O hambúrguer que leva o nome do restaurante é o prato mais vendido da casa e é feito com 150 g de costela.
A cozinha também prepara um catchup de goiabada e uma maionese verde de abacate. Todos os hambúrgueres acompanham batata-frita e são servidos no pão da casa, uma mistura crocante de pão francês com pão d’água, feito por uma produtora da cidade. O restaurante oferece harmonização dos sanduíches com vinhos. Taças a partir de R$ 8.
As porções de bruschettas são os outros pratos favoritos dos clientes. Servidas em porções com 6 unidades (R$ 16) estão disponíveis em quatro sabores: carpaccio, que além da carne leva alcaparras, molho mediterrâneo, rúcula e lascas de parmesão; vegetariana, com queijo, azeitona, tomate e manjericão; caprese, leva presunto, queijo, tomate e manjericão) e abobrinha.
Porções de bruschettas  são servidas com 6 unidades (R$ 16). (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Porções de bruschettas são servidas com 6 unidades (R$ 16). (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
A tábua de frios pode ser pedida em duas versões. A fixa (R$ 36) é montada com dois tipos de queijos – normalmente um branco e outro amarelo – e dois embutidos, um nacional e outro importado, dependendo da disponibilidade de produtos no empório. Quem quiser pode também personalizar a tábua com queijos e embutidos a seu gosto. Nesta opção o preço varia de acordo com a escolha dos produtos e a quantidade desejada. Ambas acompanham uma porção de pão alemão de fermentação natural.
No almoço, há 10 opções de pratos do dia que são servidas em dias alternados. O menu do almoço contempla entrada, prato principal e sobremesa ao preço fixo de R$ 23,90.

Brutus Burguer Grill

Brutus Melt (R$ 15), feito com o hambúrguer de costela combinado com cebola caramelizada, queijo cheddar cremoso e bacon. (Foto: Divulgação)
Brutus Melt (R$ 15), feito com o hambúrguer de costela combinado com cebola caramelizada, queijo cheddar cremoso e bacon. (Foto: Divulgação)
O Brutus Burguer Grill tem filas que demoram até 1h30 nos fins de semana, mas isso não espanta a clientela. A explicação está na combinação preço com um preparo caprichado do hambúrguer: feito com 150 g de costela Angus grelhada, o que garante sabor defumado à carne. De segunda à domingo, os dias mais movimentados, a equipe – formada basicamente por pessoas da mesma família — vende cerca de 250 sanduíches nos dois food trucks que tem na cidade.
O mais pedido é o Brutus Melt (R$ 15), feito com o hambúrguer de costela combinado com cebola caramelizada, queijo cheddar cremoso e bacon. Outro favorito é o Brutus Texas (R$ 16), que leva hambúrguer da casa, cheddar em fatia, geleia de pimenta, tortilla (Doritos) e bacon. Há duas opções de sanduíches que fogem à regra da costela, o Brutus Picanha Crispy (R$ 20)  e o Brutus Chicken (R$ 16).
Brutus Texas (R$ 16), que leva hambúrguer da casa, cheddar em fatia, geleia de pimenta, tortilla (Doritos) e bacon. (Foto: Divulgação)
Brutus Texas (R$ 16), que leva hambúrguer da casa, cheddar em fatia, geleia de pimenta, tortilla (Doritos) e bacon. (Foto: Divulgação)
Todos são montados com a maionese verde da casa, receita que o proprietário Alisson Zem faz questão de esconder à sete chaves já que considera um dos seus “diferenciais”. Porções à parte do molho saem por R$ 2.
Os hambúrgueres podem ser servidos em dois pães: o de hambúrguer com gergelim ou o d’água. Ambos são colocados na chapa para ficarem crocantes antes de serem servidos. Todos os sanduíches acompanham uma porção de batata frita rústica. O food truck trabalha apenas com queijo cheddar, seja o cremoso ou em fatias.

Takê

Takê: buffet completo de comida japonesa por R$ 82,90 o quilo. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Takê: buffet completo de comida japonesa por R$ 82,90 o quilo. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Especializado em culinária japonesa, o Takê oferece buffet completo a R$ 82,90 o quilo no Centro de São José dos Pinhais. Há opções de pratos quentes e frios, que variam de acordo com a disponibilidade e sazonalidade dos ingredientes, comprados diariamente pelo empresário Gustavo Kishino. Ao todo, o restaurante oferece cerca de 40 tipos de sushi, além de sashimi e outros pratos orientais quentes. Nenhum dos ingredientes utilizado no buffet é congelado.
O cardápio é inspirado na unidade do Takê no Mercado Municipal de Curitiba, que é de propriedade do tio de Gustavo. Para garantir o padrão e qualidade dos pratos, o empresário montou a ficha técnica de cada um dos preparos. Não há cardápio fixo na semana. O menu contempla desde sushis mais tradicionais como Califórnia, Filadélfia ou Joe até unidades grandes de camarão rosa grelhado.
Salão do Takê tem capacidade para 90 pessoas. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Salão do Takê tem capacidade para 90 pessoas. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Destaque para as duas versões de salmão oferecidas nos pratos quentes. Na primeira, o salmão é defumado com madeira em uma wok com grelha. Na segunda o peixe é cozido no vapor. Nas duas formas apenas a gordura natural do salmão é mantida no filé, um dos pratos favoritos dos clientes. O salão tem capacidade para 90 pessoas.

Abbey Gastronomia

Abbey oferece cerca de 600 preparos diferentes de pratos quentes e frios no buffet a R$ 79,90 o quilo. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Abbey oferece cerca de 600 preparos diferentes de pratos quentes e frios no buffet a R$ 79,90 o quilo. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Buffet instalado em um casarão antigo, no Centro da cidade, no valor de R$ 79,90 o quilo. O Abbey oferece cerca de 600 preparos diferentes de pratos quentes e frios. Por isso, o cardápio da casa só se repete a cada 45 dias. Há 15 anos no mercado, a proprietária Beatriz de Brito Follador atualiza o menu do Abbey constantemente. No momento, as saladas cruas têm foco em grãos germinados e tubérculos com casca.
Além delas, diariamente há 6 opções de saladas temperadas e 8 de pratos quentes. Apenas o arroz (integral e branco) e o feijão são fixos no cardápio diário do restaurante. Todos os temperos utilizados nos pratos são orgânicos e vêm da horta da mãe de Beatriz, que fica em São José dos Pinhais mesmo. A maioria dos preparos é feito internamente, inclusive as massas são produzidas artesanalmente na cozinha do Abbey.
O cardápio de sobremesas é clássico e tem 10 opções de doces. O Chocolatíssimo Caldo Fredo tem uma base de bolo de chocolate servida com uma bola de sorvete e cobertura de merengue italiano gratinado (R$ 16,90). Outro doce que merece destaque é o crumble de banana, que tem uma base de massa podre, um preparado de banana e especiarias que acompanha uma bola de sorvete de creme coberta com farofa doce e banana desidratada (R$ 15,90).
Chocolatíssimo tem uma base de bolo de chocolate servida com uma bola de sorvete e cobertura de merengue italiano gratinado (R$ 16,90). (Foto: Divulgação)
Chocolatíssimo tem uma base de bolo de chocolate servida com uma bola de sorvete e cobertura de merengue italiano gratinado (R$ 16,90). (Foto: Divulgação)
O ambiente do salão principal do Abbey é aconchegante. Quem preferir comer ao ar livre, há mesas na varanda lateral ou no pergolado no quintal dos fundos da casa.

Casa Poland

Cuca de doce de leite caseiro, um dos nove sabores da casa. (Foto: Divulgação)
Cuca de doce de leite caseiro, um dos nove sabores da casa. (Foto: Divulgação)
A Casa Poland, no Shopping São José, é uma cafeteria especializada no preparo de cucas. Aberta desde abril, a casa tem cucas disponíveis em dez sabores diferentes. Entre as opções, destacam-se a de banana, uva, feita com geleia de uva caseira, e a de doce de leite artesanal, o sabor mais vendido. As três custam R$ 7. A proposta da cafeteria é ativar a memória olfativa de quem passeia distraído pelo shopping, já que a cuca faz parte da vida de muitas pessoas na região de Curitiba.
Além das cucas, o menu também inclui pães caseiros inspirados em ingredientes regionais. Entre as opções, há pão de linguiça blumenau, pão de queijo provolone, pão com ricota fresca e pão com requeijão cremoso. Os preços variam entre R$ 6 e R$ 7.
Para acompanhar as cucas, nada melhor do que um cafezinho. Na Casa Poland há filtrados a partir de diferentes métodos: french press, chemex, hario V60 e syphon. O bule com 200 ml custa R$ 8 e o com 300 ml sai por R$ 12. Quem preferir também pode escolher entre os nove tipos de chá artesanal, com blends preparados à base de flores, frutas e especiarias.
Café coado com cuca. (Foto: Divulgação)
Café coado com cuca. (Foto: Divulgação)
Os destaques são o De pé no cais (R$ 8), com cardamomo, cravo, canela, gengibre e pimenta rosa, e o Na janela do quarto (R$ 7), que leva melissa, tilia, verbena, hortelã, camomila, mulungu e stévia. “Cada momento que dá nome ao chá tem a ver com o lugar e está associado ao sabor. O chá Deitado na grama, por exemplo, é de capim-limão com verbena, que é um aroma mais de campo”, esclarece Erica Stupka, proprietária da casa.

Costelão Schapieski

Alcatra (R$ 65 o quilo) com as opções de acompanhamento no Costelão do Schapieski. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Alcatra (R$ 65 o quilo) com as opções de acompanhamento no Costelão do Schapieski. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
No melhor estilo churrascaria “das antigas”, o Costelão Schapieski é tradicional e já faz muitos curitibanos irem até o bairro Braga para saborear a carne assada mais tradicional da cidade vizinha. Apesar do nome, não é só de costela que vivem os fregueses do Schapieski. Há pelo menos outros 10 tipos de cortes bovinos como picanha (R$ 84), alcatra (R$ 65), cupim (R$ 65) e filé (R$ 65), todos vendidos a quilo.
Há diversas opções de acompanhamento: risoto, maionese, salada de cebola, polenta frita, feijão cavalo e outros. Todos saem a R$ 9 cada. Vale a pena pedir a bem servida salada mista, que vem com alface, rúcula, agrião, brócolis, cenoura, feijão cavalo, tomate, pepino, cebola, couve flor, radicchio e bacon (R$ 18 a inteira e R$ 9 a meia).
A churrasqueira é comandada pelo fundador João Schapieski, de 70 anos, e o filho César. O salão atende 280 pessoas sentadas e é ocupado por grandes mesas de madeira que acomodam bem famílias numerosas.
Aos fins de semana centenas de fregueses fazem fila na entrada do Schapieski e tomam batida de coco e maracujá para abrir o apetite enquanto não vaga uma mesa. O restaurante é familiar, por isso, integrantes dos Schapieski ocupam boa parte das posições no salão, da churrasqueira ao caixa.
Às quintas-feiras é o único dia que o restaurante abre no jantar. É também o dia em que é servida a famosa rabada, prato tradicional no cardápio da casa desde 1985, que acompanha polenta e agrião (R$ 30). A costela, prato que iniciou a jornada do Schapieki, ainda é a carne mais pedida pelos clientes (R$ 49).
Costela (R$ 49) carro-chefe do restaurante. Alcatra (R$ 65 o quilo) com as opções de acompanhamento no Costelão do Schapieski. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Costela (R$ 49) carro-chefe do restaurante. Alcatra (R$ 65 o quilo) com as opções de acompanhamento no Costelão do Schapieski. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Seu João é ainda o principal responsável pela cocção da costela e acorda todos os dias às 5h para colocar a carne no fogo. Para quem gosta de almoçar cedo, às 11h já é possível saborear a iguaria derretendo nas mesas do Schapieski. “A costela não tem segredo nenhum. Basta fazer as coisas com amor”, diz seu João.
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