Restaurantes
Não fique só na ilha! Conheça 4 restaurantes no bairro Coqueiros
Os bairros de Santo Antônio de Lisboa, no Norte, e Ribeirão da Ilha, no Sul, disputam há décadas o título de maior polo gastronômico de Floripa. Neles é possível desfrutar dos peixes e ostras mais frescos da ilha. Além disso, ambos também são requisitados porque conservam os traços da arquitetura açoriana e permitem que seus frequentadores possam comer à beira do mar. Mas, para surpresa dos turistas, o maior polo gastronômico da cidade está do outro lado da ponte, no continente.
Só na orla de Coqueiros já são mais de 25 bares e restaurantes que oferecem as tradicionais sequências de camarão e dúzias de ostras, além de diversas frentes da gastronomia contemporânea, dos temakis aos hambúrgueres gourmet. Um pouco mais adiante, chega-se ainda à prainha de Itaguaçu e ao Bom Abrigo, que também são cenário de grandes referências na culinária do continente.

Coza Bar
De olho no crescimento do bairro e da procura por cerveja artesanal, Diego Rzatki e a família se uniram pra criar um dos bares mais badalados de Coqueiros, o Coza Bar. No local, os protagonistas são os chopes da casa, da cervejaria Cozalinda. Os clientes, no entanto, não escolhem o espaço apenas pelo ótimo cardápio de petiscos, pratos e chopes, que costumam apresentar preços mais em conta do que os bares da ilha. O diferencial do Coza Bar é o conceito, todo inspirado na cultura manezinha.
O número de chopes varia entre 18 e 24 tipos por noite, sendo que a maioria são as da casa e da vizinhança. A mais popular é a Curió Witbier, cerveja de trigo estilo belga, que sai por R$ 10 o copo de 300ml. Outra preferência da clientela é FlorIPA, ganhadora da medalha de prata no Festival Brasileiro da Cerveja em 2017. O copo padrão sai por R$ 11 reais. Das especiais, há a Praia do Meio Sour Saison, que passa de dois a três meses em barris de carvalho francês refermentando com leveduras selvagens de origem italiana e brasileira, como a Brettanomyses. O copo de 300ml sai por R$ 15.

No menu, há opções individuais, como o tradicional pirão com linguiça (R$ 14). Pra dividir, vale optar por algo mais sofisticado, como os pratos feitos com cerveja. O Curió com tentáculos(R$ 99) é feito com polvo preparado na Curió Witbier, cerveja da casa, e manjericão fresco. Entre as novidades do bar está a coleção de hambúrgueres, como o Haole, elaborado com pão australiano, duas carnes de 90 gramas, duas fatias de queijo estepe e maionese de cebola caramelizada e custa R$ 25.

Para atrair os turistas, que costumam se concentrar nos destinos gastronômicos da ilha, o Coza Bar promove um passeio a pé no segundo fim de semana de cada mês. O tour é guiado por Rodrigo Stupp e aborda a história do bairro de Coqueiros e as lendas das bruxas, que a sabedoria popular conta terem habitado o local.
Serviço: R. Des. Pedro Silva, 2406 – Coqueiros, Florianópolis. Funciona de segunda a quinta das 19h até 23h45 e sextas e sábados das 19h até 1h45min.
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Zé Mané
Outro boteco com sotaque local é o Zé Mané, das sócias Leila Pinheiro, Angela Monguilhott e Isabel Hagemann. O trio apostou na recuperação de um antigo casarão histórico do bairro e num extenso cardápio, com foco nos petiscos criativos e nas sofisticadas caipirinhas de frutas.
Não vá com pressa, pois o menu é amplo, colorido e rende muitas risadas por conta dos pitorescos nomes dos petiscos. Entre as porções individuais, roubam a cena o sanduíche zoiúdo (R$ 20), com linguiça Blumenau, e a bucica quente R$ 18, o cachorro-quente da casa, que sai por R$ 18.

Os maiores sucessos do Zé Mané, no entanto, são os pratos servidos em cumbucas de porcelana ou no pão, como a moela de cerveja, que acompanha pão de malte e sai por R$ 21 e a requisitada moquequinha de siri, feita com azeite de dendê e leite de coco, que custa R$ 26.

Para dividir com os amigos, há a porção de coxinha de marreco sem massa (R$ 16) e o varal de peixe escalado, que acompanha pirão e salada e sai por R$ 32. Para beber, o forte da casa são as caipirinhas de frutas, com destaque para a parreirinha, que leva uva, gengibre e açúcar mascavo, e a onça pintada, feita com bergamota e maracujá. Os preços variam de R$ 19 a R$ 22, acordo com o tipo do destilado.

Serviço: Des. Pedro Silva, 2360 – Coqueiros, Florianópolis. Funciona todos os dias de 18h até 00h30.
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By Cuca
Na hora do almoço, os restaurantes especializados em frutos do mar reforçam a tradição gastronômica do bairro. Pra quem faz questão de comer com vista pro mar, o By Cuca é um dos nomes mais antigos de Coqueiros e conserva um cardápio focado nas moquecas e nas ostras, que fazem parte até do risoto.

A proprietária Maria de Lurdes Sá Salgado, mais conhecida como Cuca, vem garantindo o protagonismo dos frutos do mar há 31 anos. Nas entradas, as ostras frescas são unanimidade. Em especial, a versão gratinada. Dos pratos principais, o camarão By Cuca (R$ 125), que acompanha batata sauté, serve duas pessoas. Mais farto, o famoso congro com molho de camarão vem com arroz, pirão e batatas, e custa R$ 115. Entre as bebidas, é possível escolher entre uma carta de vinhos nacionais e importados, destilados e drinks.
O restaurante apresenta uma estrutura completa para ninguém da família ficar de fora. Há um playground para as crianças e animais de estimação são aceitos. De quarta à sábado há música ao vivo a partir das 20h30.


Serviço: André Wendhausen, 175 – Coqueiros, Florianópolis. Funciona de terça à sexta de 11h30 às 14h30 e 18h até 01. No sábado, fica aberto de 12h até 00h, e no domingo de 12h às 16h.
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Sushic
Com uma pegada mais jovem, o Sushic é um dos muitos restaurantes de comida japonesa do bairro, onde é difícil encontrar espaços vazios. A influência da avó, nascida no Japão, reflete na qualidade das receitas elaboradas por Ricardo Takeuchi.

O proprietário faz questão de manter a essência da culinária japonesa e de investir em composições que fizeram história na cozinha da família, sem deixar de arriscar, com o uso de ingredientes mais ousados. O corriqueiro niguiri de salmão, por exemplo, ganhou uma versão com molho de ostra e alho poró e custa R$ 8 o par.

Inaugurado em 2012, o Sushic também busca surpreender os clientes que já estão acostumados com os cardápios dos restaurantes japoneses. O uramaki de siri mole com ovas de massagô é feito com ingredientes frescos, que chegam da cidade de Laguna, no sul do estado. Oito unidades saem por R$ 28.

No Sushic também é possível encontrar o lamen, o caldo asiático com carnes, macarrão e legumes, que segue em alta no Brasil. O prato também pode ser encontrado nas versões vegetariana e vegana e custa R$ 37. Para atingir a complexidade do umami, o quinto sabor ativo da receita, sem utilizar as carnes, Ricardo Takeushi trabalhou em cima da extração de vários vegetais.
Serviço: Dr. Abel Capela, 337 – Coqueiros, Florianópolis. Funciona de segunda à sábado de 19h às 23h.
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