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Por que você deveria preferir folha de bananeira ao papel-alumínio
Depois de colher muita folha de bananeira “clandestinamente” para assar peixe e manchar inúmeras camisetas com a seiva que a planta solta, o casal Ênio e Gorete Rodrigues tiveram a ideia de facilitar o acesso a outras pessoas. Foram procurar nos bananais de Itanhaém, no litoral paulista, algum agricultor que não usasse defensivos agrícolas e lançaram Folha da Bananeira, uma metade da folha grande, sem talo.

A ideia é que o produto seja usado para fazer as vezes de papel-manteiga, papel-alumínio, forma ou guardanapo, como antigamente. Uma maneira mais natural de preparar os alimentos, além de ser mais sustentável do ponto de vista ambiental.
“Não brigamos com o papel alumínio, mas o mínimo que se puder usar em contato com o alimento, melhor, porque em altas temperaturas e em contato com ácidos pode soltar alumínio. Por isso também é importante que a folha não tenha pesticidas, para não passar para a comida”, explica Gorete.

Muito usada nas cozinhas regionais brasileiras e também na Ásia, a folha de bananeira não é tão fácil de encontrar em algumas cidades do Brasil. Daí a ideia de vendê-la já beneficiada. O casal começou a vender as folhas em 2011, quando eram cerca de 30 unidades por semana. Atualmente o casal comercializa aproximadamente 1.200 folhas por mês, todas vindas do mesmo produtor orgânico.
“Muitas vezes o restaurante pede para o fornecedor de hortifrúti conseguir folhas de bananeira, mas não tem como ter certeza da procedência, se não foi pulverizada por agrotóxicos. Nós temos certeza de que a nossa é livre de pesticidas”, garante Ênio. Antes de usar, é preciso higienizar com uma solução de água e vinagre.

Ênio busca as folhas toda semana para entregar na capital São Paulo ou despachar pelos correios. A embalagem com uma unidade (30 cm x 130 cm) pesa 220 gramas e sai por R$ 9 (mais frete). Para food service, a embalagem tem cinco unidades e sai por R$ 30 (mais frete). A partir de 10 unidades, cada folha sai por R$ 6.
“Temos capacidade para comercializar de 10 a 15 mil folhas por mês, mas precisamos de investidores para a infraestrutura”, explica Gorete. A estreia do produto foi durante um evento de gastronomia em São Paulo, em 2011, e teve destaque no evento Semana Mesa 2016, em São Paulo, e participação no programa de investidores Shark Tank Brasil, do Canal Sony, também em 2016.
Cumbucas e pratinhos
A marca comercializa também outros produtos a partir da folha da bananeira, como cumbucas e pratinhos. Costurados à mão, os recipientes têm cinco tamanhos e são feitos em cone ou em formato retangular a partir de R$ 3 a unidade.
A cumbuca maior serve até meio quilo de alimento, mas a mais pedida entre os chefs, segundo Gorete, é o tamanho 4, com capacidade para 300 gramas.
As embalagens orgânicas duram até uma semana na geladeira, mas depois de usadas devem ser descartadas. Os pedidos devem ser feitos com uma semana de antecedência.
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Serviço
Folha da Bananeira. Não há loja física em Curitiba, vendas apenas pelo (11) 2892-2373.
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